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Desde o jogo da quarta-feira passada, contra o Londrina, eu e vários colegas temos falado da dependência evidente que o Coritiba tem de Tcheco e da necessidade de ter uma alternativa ao experiente meio-campista. Esta opção deve ser Luís Enrique “Lucho” Cáceres, 23 anos, do Cerro Porteño. Segundo o Napoleão de Almeida, as conversas começaram há três semanas e reuniões com o dirigente do jogador, entre hoje e amanhã, devem finalizar o negócio. A liberação do jogador, cujo contrato vence em junho, custaria R$ 1,6 milhão e R$ 35 mil de salário, valores abaixo do inflacionado mercado brasileiro.

Cáceres joga de volante direito. Ajuda na marcação, encosta no meia de ligação para ajudar na armação e arrisca chutes de fora da área. É um Léo Gago destro, mas que prefere jogar mais com a bola no pé a arriscar lançamentos longos.

Os seus melhores momentos foram entre 2009 e 2010, quando assumiu a condição de titular do Ciclón, foi campeão nacional, teve oportunidades na seleção paraguaia e despertou a atenção de clubes de outros países. O Atlético foi um deles. A negociação, ano passado, só não avançou porque o Cerro estava na Libertadores.

E foi a partir da Libertadores que Cáceres começou a perder espaço no clube e a ter problemas com os treinadores. Leonardo Astrada o deixou no banco e até fora da concentração em algumas partidas. “Não sei disse algo que ele não gostou, não sei se não gostou da sinceridade que tive com ele”, chegou a declarar Cáceres.

No segundo semestre, Astrada foi substituído por Mario Grana, que reduziu ainda mais o espaço do jogador no time titular. Lucho chegou, inclusive, a falar em determinação da diretoria para que ele fosse deixado de fora de algumas partidas, ao mesmo tempo em que rebatia tabloides paraguaios que falavam sobre sua vida noturna.

Cáceres terminou 2011 e começou 2012 da mesma maneira: na reserva de Jorge Rojas, garoto de 19 anos da base do Ciclón. Foi banco nas duas partidas do clube pelo Campeonato Paraguaio deste ano, sempre entrando no segundo tempo. Ou seja, fez pré-temporada, está jogando e, se acertar, pode estrear assim que estiver regularizado.

Os problemas do ano passado indicam que o ciclo de Cáceres no Cerro estava encerrado e uma troca de time pode ser a chave para ele recuperar o bom futebol do início de carreira. Se isso acontecer, Marcelo Oliveira, enfim, poderá respirar aliviado por não ser mais tão dependente de Tcheco.

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