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Deivid, autor do primeiro gol atleticano, comemora com Héracles

Deivid é uma rara boa lembrança do Atlético de 2011. No ano em que o time insistia em caminhar para trás, o volante não parou de evoluir. A cada jogo que passa de 2012, fica mais nítido que esta é a temporada de afirmação do futebol que combina a marcação incansável de Cocito com a velocidade de Kléberson na saída para o ataque. Claro, Deivid ainda está distante do melhor jogo exibido pelos dois campeões brasileiros no clube, mas o caminho está sendo trilhado.

Ontem, contra o Toledo, Deivid deu mais um passo para essa afirmação, com direito a um bônus duplo. O primeiro foi ter entrado com a braçadeira de capitão. Algo que deve ser relativizado pelo estilo de JR Carrasco, de não fixar um capitão em campo (e em condições normais, ele seria Paulo Baier), mas que ainda assim indica o respeito que o grupo tem pelo volante. O outro foi o gol, primeiro de Deivid no profissional. Um gol com a marca dele, começando com uma bola roubada no meio, um passe redondo para Bruno Furlan, o deslocamento em velocidade para receber na frente e tirar o goleiro da jogada com um toque sutil, de quem sabe jogar futebol.

Deivid tem tudo para construir uma longa e vitoriosa carreira no Atlético. E mesmo que, por circunstâncias de marcado, sua passagem pelo Furacão não seja tão extensa, certamente ele será um jogador de quem a torcida lembrará com carinho por muitos anos.

Força do banco
Novamente Carrasco tirou Harrison, mas desta vez para a entrada de Ligüera. Manteve a mesma estrutura de jogo, não recuou, não chamou o adversário para o seu campo. E Ligüera entrou muito bem. Fez o gol em uma jogada que sua finalização foi apenas o último detalhe. Pois o lançamento de Gustavo foi espetacular e o passe de Marcelo, preciso.

O Atlético melhorou com Ligüera e com Marcelo, autor do terceiro gol. O time ganhou velocidade e desnorteou a defesa do Toledo, enfraquecida ainda no primeiro tempo pela saída de Negretti, machucado.

Ligüera é homem de confiança de Carrasco e vai virar titular. A dúvida é: no lugar de quem? Acho que vai sobrar para Harrison. Ou para algum atacante. Não vejo o Atlético iniciando um jogo com um volante (Deivid), Harrison, Ligüera e três atacantes. Abre um buraco no meio-campo e o time fica com dois jogadores que, basicamente, fazem a mesma função. Acredito mais em Deivid, Paulo Baier e Ligüera. E vocês, como encaixariam o uruguaio no time?

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