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Ricardinho e as marcas deixadas pelo goleiro Fabrício

Quando o jogo no Albino Turbay foi para o intervalo, a única maneira viável de começar uma análise era repetir o início do post sobre Coritiba x Arapongas. No duelo entre um time de garotos diante do seu primeiro teste de verdade e uma equipe do interior medindo seu status de sensação de campeonato contra um grande, as pernas que mais tremiam eram as do Cianorte. E o abismo entre a dupla Atletiba e os grandes parecia crescer mais alguns palmos.

Desde o começo o Atlético adiantou a marcação. Com isso, tirou o espaço para o Cianorte trocar passes e obrigou o Leão do Ivaí (aka Máquina de Costura Sem Freio) a arriscar lançamentos, que quase sempre encontravam o atacante Pablo impedido. O Atlético controlava o ritmo do jogo e chegava bem ao ataque, conduzido por Harrison, o melhor rubro-negro em Cianorte. Com a partida nas mãos, o Atlético fez o primeiro com Manoel, o segundo com Bruno Mineiro e foi para o vestiário com a possibilidade de escolher o momento para matar o jogo.

Então JR Carrasco interveio e enfiou o time em uma enrascada (algo que ele já havia feito contra o Rio Branco e, doravante, será chamado neste blog de carrascada). O lado esquerdo da defesa atleticana era o mais molestado pelo ataque do Cianorte, o que, em tese, justificaria um reforço por ali. Digo em tese, porque o posicionamento da defesa e a atuação de Héracles davam conta do recado.

Ainda assim, Carrasco repetiu o que havia feito na estreia, contra o Londrina. Pôs Paulo Octávio no setor e trouxe Héracles para o meio, compondo um trio de volantes – Foguinho preso, Deivid e Héracles um pouco mais soltos. Ricardinho e Bruno Furlan recuaram um pouco mais, com Bruno Mineiro espetado no ataque. Era a mesma Árvore de Natal de parte do jogo contra o LEC e de alguns momentos do Nacional sob o comando dele.

Hoje, debaixo da Árvore de Natal havia um presente para o Cianorte. Carrasco já disse em entrevista coletiva que não gosta de esperar o adversário para jogar no erro dele, prefere seu time indo buscar a bola. Em Cianorte, ele rasgou o próprio discurso, ao convidar o adversário para jogar no campo do Atlético.

O Cianorte aceitou, pressionou e tirou proveito de outro defeito crônico do Atlético: a bola alta. Rodolfo ficou pregado no chão, a defesa demorou a subir e Marquinhos mandou para a rede. Pouco depois, Paulinho, em jogada individual, empatou… entrando pelo lado esquerdo, aquele que Carrasco mudou para corrigir um problema que estava plenamente controlado.

Carrasco ainda tentou consertar com Marcinho, o que poderia recompor a composição inicial da equipe. Aposta malsucedida, pois há tempos ver Marcinho jogando bem é exceção, não regra.

O atleticano pode lamentar o gol perdido por Bruno Mineiro ou, mais ainda, o gol inacreditavelmente perdido por Edigar Junio. Também pode lembrar da entrada violenta do goleiro Fabrício em Ricardinho, pênalti que o juiz não deu – como também deixou passar em branco o tapa de Manoel na bola dentro da área. Mas hoje, os dois pontos perdidos em Cianorte ficam na conta de JR Carrasco. Mesmo assim, em cinco jogos, com um elenco rebaixado reforçado por garotos, o saldo do treinador ainda é positivo.

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