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Harrison: ele também perdeu gol em Apucarana.

Há dez dias eu havia escrito uma coluna inteira sobre a substituição de Adriano com oito minutos de jogo, contra o Sampaio Corrêa. Você não leu porque o texto não foi publicado. Ricardo Teixeira pediu licença médica no dia seguinte ao jogo de Maranhão, o que exigiu a produção de uma coluna nova para o jornal e a distância para a partida fez o texto perder o sentido para o blog.

Hoje Carrasco voltou a substituir um jogador no primeiro tempo, um pouco mais tarde, aos 35 minutos. Marcinho saiu contrariado, foi direto para o vestiário. Na coletiva, o treinador fugiu da polêmica de forma poética: “Entrou um companheiro, não um inimigo”.

JR tem razão. Manter a mesma formação até o intervalo virou uma norma do não escrito código de ética de jogador brasileiro, e aí pouco importa se insistir naquela formação está levando o time para o buraco. Hoje, a formação do ataque com Marcinho centralizado estava privando o Atlético de manter a bola no campo do Roma e atrapalhando a marcação sob pressão. Sem eficiência na pressão, o Atlético foi mais incomodado pelo adversário do que deveria.

Ao trocar Marcinho por Bruno Mineiro, Carrasco assinou uma confissão de culpa muito antes de empurrar o seu comandado para a fogueira. Se Marcinho precisou ser substituído foi porque o esquema armado pelo uruguaio fracassou. Melhor corrigir isso o quanto antes. Pouco depois – não exatamente graças à troca – o Rubro-Negro fez o gol, com Guerrón.

A forma como Dinamita balançou a rede abre espaço para a análise do restante da partida. Guerrón bateu o pênalti terrivelmente, deu sorte de Spada não agarrar e ceder o rebote, no qual era impossível perder o gol. O Atlético teve várias outras chances para matar a partida no segundo tempo e desperdiçou todas.

Repetiu o script de quinta-feira, contra o Sampaio. Muita criação, pouco gol. Na Copa do Brasil a vitória veio, mesmo correndo risco constante. Hoje, o Roma buscou o empate no finalzinho. Carrasco matou a charada: contra adversários mais poderosos, esse desperdício custará caro.

A correção começará com treinamentos, algo que o Atlético pela primeira vez terá uma semana para fazer desde que a temporada começou. Mas não depende apenas disso. Carrasco precisa de melhores opções para o ataque, algo que, hoje, o elenco rubro-negro não oferece.

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Ainda sobre substituições precoces, Adriano não voltou a jogar depois de ser sacado contra o Sampaio. Marcinho tem sido útil, não merece o mesmo destino.

Não foi boa a primeira impressão de Gabriel Marques. Mal no apoio, mal na marcação, assistiu à subida de Fábio para marcar o gol do Roma. Precisa jogar muito mais para justificar a confiança que Carrasco tem nele.

A cinco pontos de Londrina e Coritiba, o Atlético fica distante do título estadual direto, que virá em caso de conquista do returno. Bem que Carrasco pode aproveitar para testar um meio-campo com Deivid, Paulo Baier e Harrison ou Deivid, Harrison e Ligüera.

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