Coluna publicada na Gazeta do Povo impressa de terça-feira.

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Ricardinho, agora técnico, moldou um novo Tricolor, baseado na posse de bola e na ofensividade

Foram mais de três meses de espera até que o Paraná volte a campo para uma partida oficial. Longe da torcida, sem transmissão pela TV e com apenas algumas rádios como testemunha. Será a turma da latinha que dará as primeiras pistas de até onde Ricardinho conseguirá levar o Tricolor – e sua própria nova carreira como técnico.

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Se houve um lado bom na estiagem paranista foi a possibilidade de fazer uma pré-temporada decente. Deu tempo de montar um elenco novo e dar a ele condicionamento físico e mínimo de entrosamento. O Paraná terá uma cara em Lucas do Rio Verde, algo que há tempos o clube não conseguia em um início de ano.

Ricardinho foi um dos melhores meias do futebol brasileiro na virada do século e não surpreende que ele tenha dado atenção especial a este. A grosso modo, só Alex Alves é exclusivamente marcador. Packer como segundo volante revela a preocupação de fazer a bola chegar redonda aos meias avançados: Bruninho centralizado, distribuindo jogo; o francês Aymen pela esquerda, com o apoio de Henrique; Luisinho pela direita, com o auxílio de Paulo Henrique. Tudo para municiar Wellington Silva.

Resta ver como ele vai lidar com a ausência de Bruninho: adianta Packer e põe um volante? Aposta em um mais um jogador de velocidade? Põe mais um atacante? De qualquer forma, são oito jogadores cuja função principal é levar a bola ao gol inimigo. Na teoria, animador. Precisa ser tão bom assim na prática.

(Pouco depois de um enviar a coluna, Maicon foi confirmado como substituto de Bruninho, o que mantém o plano original do treinador)

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Pela internet, assisti a três jogos do Luverdense (um inteiro, dois pela metade). Foi o suficiente para tirar algumas impressões. O Verdão ainda é um time em formação mesmo com 11 jogos no ano. Perdeu um jogador importante (Rossini, ex-Santos), dispensou outros quatro, trocou de treinador (Éder Taques por Dado Cavalcanti, de apenas 30 anos) e até semana passada contratava atletas.

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O time joga no 4-4-2 ou no 4-3-3. A dupla de zaga, com Alex Moraes e Rafael Pedro, é fraca pelo alto, um prato cheio para Wellington Silva e (nos escanteios) Alex Bruno. Rubinho é o jogador de criação, rápido e habilidoso, responsável por fazer a bola chegar ao ataque. O lado esquerdo é o mais forte, com Fábio Gaúcho sendo a opção constante para saída de jogo e o driblador Matheus na frente. E na área tem o experiente Valdir Papel, alto e difícil de ser marcado. No geral, porém, o Luverdense mostrou-se frágil o bastante para ser derrotado mesmo por um time que ainda não estreou em 2012.

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Um adendo que não coube na coluna impressa. a principal atração do Luverdense estará no banco de reservas. É Edimar Damião, irmão de Leandro Damião. Ele jogava na várzea até ano passado e foi descoberto após marcar dois gols na despedida do atacante Fabiano Souza. Grande história.