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Os técnicos Vanderlei Luxemburgo e Renato Gaúcho antes da partida na Arena da Baixada

Renato Gaúcho tirou rapidamente do caminho a Copa Sul-Americana. Impossível o Atlético ter melhor sorte com o treinador tratando o torneio como aqueles amistosos que se faz em CT para observar jogador recém-promovido do sub-20.

Nesse laboratório com chancela internacional, Renato levou a cabo o plano de escalar Fransérgio de centroavante. Foi constrangedor. Fransérgio parecia um moleque desajeitado em seu primeiro dia na escolinha de futebol: tem vontade de fazer certo, mas as pernas não obedecem. Fransérgio se posicionava mal, se movimentava mal passava mal, chutava mal. Fez uma boa parede no primeiro tempo, cabeceou outra no segundo tempo e nada mais. O melhor momento foi quando saiu do ataque para desarmar Luiz Antônio na intermediária.

Ainda havia Róbston. Jogando em sua função de origem, com braçadeira de capitão e tudo, o volante é sofrível. Esse, definitivamente, não deu certo na Baixada.

O Atlético tinha nove em campo. E mesmo com nove em campo foi melhor no primeiro tempo a partir do momento em que diminuiu o espaço de Renato Abreu, começou a aproveitar os passes errados do adversário e, principalmente, Branquinho entrou no jogo. Nos 15 minutos em que Branquinho jogou o Atlético foi melhor. O meia criou as melhores jogadores do Furacão no jogo em triangulações com Wagner Diniz e Adaílton. Durou pouco e não bastou para mudar o placar.

No segundo tempo Renato Gaúcho tentou consertar o meio-campo ao por Heracles no lugar de Róbston. Heracles foi bem pela esquerda, mas Marcelo Oliveira desapareceu no meio-campo. Levou com ele Branquinho, que se escondeu na marcação flamenguista, reforçada pela entrada de Willians que mudou o esquema carioca para o 3-5-2.

Com dez o Atlético foi pior do que com nove. Fransérgio não teve a oportunidade de errar porque a bola não chegava. Renato Gaúcho fez pouco para mudar o cenário. Trocou Adaílton por Rodriguinho, Marcelo Oliveira por Madson. Luxemburgo, que já havia anulado o frágil ataque paranaense com a entrada de Willians, mais uma vez ganhou o jogo ao colocar Ronaldinho em campo.

O jogo acabou com o gol do R10 aos 28 do segundo tempo. O Atlético não teve força nem mesmo para manter dois tabus longos: jamais ter perdido para o Flamengo na Arena e não perder para o Flamengo em Curitiba desde 1974. Os dois foram para o espaço junto com a chance de o Atlético ganhar o primeiro título internacional da sua história.

Clube que abre mão de brigar por título para se limitar a não cair escolhe ser pequeno. Para Renato Gaúcho, tudo bem. O que importa para ele é ir embora no fim do ano com a sua missão cumprida.

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Marcos Malucelli enviou carta à CBF pedindo que Héber Roberto Lopes seja tirado da escala do Atletiba. Se havia incômodo com Héber, que isso tivesse sido manifestado antes. Pedir agora, com a escala pronta, vira choradeira que vai levar a lugar nenhum.

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