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Com ou sem taça, Coritiba exorciza o seu 11 de setembro


Cena de Voo United 93 (2006)

O que você estava fazendo no 11 de setembro de 2001? A magnitude dos atentados ao WTC e ao Pentágono faz com que todo mundo se lembre do que fazia naquela manhã de terça-feira. Eu me lembro do que fiz do começo ao fim daquele dia. O que não significa muito. 11 de setembro é meu aniversário, então eu me lembraria daquele 11/9 mesmo se ele tivesse sido tranquilo como os 13 anteriores. (Não incluo na conta pacífica o 11 de setembro de 1987, quando assassinaram o Peter Tosh; um baque, parece que foi ontem)

O que você estava fazendo no 6 de dezembro de 2009? Basta acompanhar minimamente o futebol brasileiro para lembrar o que estava fazendo naquela tarde de domingo. Eu, por exemplo, voltava de Toledo, onde tinha ido para o casamento do meu bróder Tiago Tedeschi. Um coxa tão coxa que entrou na igreja ao som do hino alviverde. Tenho certeza de que, não houvesse uma lua de mel a cumprir, o Tiago teria se juntado aos dois irmãos dele, Dioguinho e Gustavo, que cruzaram o estado naquele dia, de carro, para assistir ao Coritiba x Fluminense, no Couto Pereira.

O Coritiba tinha tudo para sair daquele dia para um caminho sem volta, que gradativamente reduziria o espaço do clube no futebol nacional. Mas o que se viu neste um ano e meio foi exatamente o contrário. O Coritiba não parou de crescer tanto dentro (vitórias, títulos, acesso) como fora de campo (melhorias invisíveis para o torcedor, das quais prometo tratar nos próximos dias). Sempre que parece ter chegado a um limite, o Coxa pós 6 de dezembro dá um jeito de ir além.

Fazer um bom Paranaense enquanto se defendia na Justiça Desportiva e ajeitava o Couto Pereira bastava? O Coritiba foi campeão com apenas uma derrota.

Ficar na metade de cima da tabela da Série B já era aceitável para quem deveria mandar dez jogos fora do seu estádio? O Coritiba não só subiu com sobras, mas também foi campeão.

O bicampeonato estadual era um sonho plenamente real? O Coritiba ganhou o estadual invicto, na casa do maior rival, em meio a uma série de recordes, inclusive a maior sequência de vitórias do futebol brasileiro profissional.

O momento era favorável a brigar pelo título da Copa do Brasil? O Coritiba avançou até a final estraçalhando pelo caminho o endinheirado Palmeiras com um humilhante 6 a 0.

Quem viveu o 6 de dezembro não poderia imaginar que o Coritiba em tão pouco tempo teria uma noite de celebração no mesmo Couto Pereira, seja qual for o resultado. Mas para quem já fez tanto nestes 18 meses, não é nada impossível reverter uma derrota de 1 a 0. E fazer do 8 de junho de 2011 mais um dia em que todos vão lembrar o que estavam fazendo.

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