É impossível escapar do rebaixamento sem sofrimento. Corrigindo: é impossível escapar do rebaixamento sem muito sofrimento. O Atlético sabe bem disso, embora tenha criado o hábito pouco recomendável de só lembrar desta verdade absoluta com o Brasileirão a pleno vapor.
A vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro está aí para reforçar este roteiro. Um jogo decidido somente aos 44 minutos do segundo tempo, mas que foi duro durante os 90 minutos. Mais perto do gol durante a maior parte do tempo, o Atlético teve problemas para conter Montillo e as jogadas de bola parada. Mesmo o refreso do primeiro gol durou apenas quatro minutos, tempo suficiente para Wellington Paulista empatar.
Renato Gaúcho é o grande personagem da recuperação rubro-negra. Quando ele chegou ao Atlético, escrevi que ele era perfeito para a missão de curto prazo de evitar o rebaixamento e que não demoraria para o treinador fazer o time jogar por ele. Renato tem feito mais. Demonstra uma capacidade notável de ler o jogo e mudar o time conforme a partida exige.
Essa resposta rápida – e no geral eficiente – tem feito Renato colecionar alguns pequenos milagres na Baixada. Como Marcinho marcar um gol de cabeça. Ou tirar Kleberson da escala descendente da sua carreira. Ou devolver a cabeça e a alma de Manoel ao Atlético. Ou fazer Cleber Santana permanecer acordado os 90 minutos. Ou fazer Fransérgio ser útil até como centroavante. Ou arrancar dos torcedores um sorriso tímido pela bem-vinda vitória do maior rival.
Quando Renato chegou, milagre mesmo parecia ser evitar o rebaixamento do Atlético. Hoje é impossivel duvidar da salvação rubro-negra. Mas é certo que ela será sofrida, como toda fuga do rebaixamento tem que ser.
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