O Coritiba está fazendo uma correria para acertar, até amanhã, a contratação de um centroavante. O reforço deve vir do exterior e as negociações estão sendo conduzidas diretamente pelo superintendente de futebol Felipe Ximenes, que tem comunicado todos os passos imediatamente ao presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Concluir o negócio no máximo nesta quinta-feira é fundamental para que o jogador seja inscrito até sexta-feira, quando fecha a janela de importações do Brasileirão.
Os requisitos do novo contratado são que: 1) ele seja melhor que as opções disponíveis para o ataque, alguém que chegue para, imediatamente, se tornar titular e acabar com a falta de gols do Coritiba; 2) Seja um jogador novo o suficiente para permanecer no clube por dois, três anos sem que nesse período a idade se torne um problema. Ou seja, trintões, em princípio, estão fora do páreo.
Conversei sobre o assunto com o presidente Vilson após a coletiva em que Tcheco oficializou o fim da carreira. O dirigente confirmou a busca por um atacante, mas não deu pistas sobre o país em que ele está jogando nem mesmo a nacionalidade. Ele deixou transparecer a possibilidade de ser estrangeiro. Esse, porém, é um palpite meu.
Durante o primeiro semestre, o Coritiba observou JJ Morales, atacante do Argentinos Juniors cujo contrato acabou há poucos dias. Morales, porém, tem 30 anos e o Coxa acabou de ter uma experiência ruim na negociação com outro argentino, Paulo Rosales, que acertou com o clube verbalmente, mas acabou se transferindo para o Independiente.
O futebol argentino mesmo traz outros bons nomes, como Carlos Luna, artilheiro do Torneio Clausura 2012 pelo Tigre (12 gols em 19 rodadas) e Lucas Viatri, atacante sem espaço no Boca Juniors. Nenhum desses nomes, até onde eu sei, foi cogitado como possível reforço coxa-branca.
Dois atacantes brasileiros que trabalharam com Marcelo Oliveira e chegaram a ser cogitados em diferentes momentos como possíveis reforços foram descartados por Vilson. Marcelo Toscano, atualmente no futebol português e jogador de MO no Paraná, não é visto como solução. Kempes, treinado por MO no Ipatinga e hoje no Japão, agrada demais ao treinador, mas foi descartado por causa da idade (30 anos) e pela dificuldade de tirá-lo do Cerezo Osaka (multa rescisória e boa fase do atacante por lá).
Caso não consiga importar alguém até o fechamento da janela, o Coritiba ainda pode buscar o novo camisa 9 no mercado nacional. Neste caso, porém, pesam a falta de opções e os altos salários das melhores alternativas – casos de Liédson e Rafael Moura, por exemplo.
Deixe sua opinião