Coxa resgata eficiência da Série B para bater o Coelho

O Coritiba de hoje lembrou o de várias partidas da Série B do ano passado e do Paranaense-2011. Abriu o placar logo no início e, a partir dali, manteve-se inerte durante boa parte do tempo, para decidir o jogo em subidas esporádicas e precisas ao ataque.

É uma maneira inteligente de vencer jogos. Economiza energia e garante os três pontos. Mas deixa sempre a sensação de que um pouco mais de empenho resultaria em um placar mais folgado, além de não esconder as deficiências do time.

Rafinha foi um jogador que ficou devendo. Não mostrou 30% do futebol de quarta-feira passada, contra o São Paulo. Marcos Aurélio encarnou o espírito da falsa preguiça. Apareceu pouco no jogo, mas quando apareceu, meteu a bola na rede. Bill esteve acima da média. Deu uma assistência, fez um gol, foi eficiente ao fazer o papel de pivô no ataque. Leandro Donizete, agora jogando 90 minutos, mostrou novamente o quanto é indispensável para a engrenagem coxa-branca funcionar.

Tcheco mais uma vez deu o ritmo exato ao meio-campo, porém mais uma vez tomou cartão amarelo e mais uma vez precisou ser substituído. Tcheco não esconde o jogo. Suas virtudes e deficiência ficam à mostra, mas ainda vale demais a pena contar com ele.

O que talvez não valha mais a pena seja insistir com Eltinho na lateral esquerda. A marcação nunca foi seu forte, mas quando ele também apoia mal essa carência fica mais latente. Como também é latente que não dá para confiar em Jéci, que subiu menos que o necessário no lance do gol do América. E com Pereira machucado, será preciso muito valium para suportar o “gêmeo” caneleiro do Emerson.

Entre virtudes e defeitos, o Coritiba venceu. Precisava ganhar logo uma partida fora de casa e bom que tenha sido sobre o América. O Coelho é o pior time do Brasileiro e qualquer ponto perdido para ele fará muita falta no final. Ganha um fôlego importante para o aguardado reencontro com o Palmeiras, jogo que merecerá alguns posts aqui pelo blog.