Marcelo Oliveira
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A primeira impressão do Coritiba no Engenhão foi a de um time totalmente recuperado do baque de quarta-feira. Toda aquela teoria de esquecer o vice-campeonato e entrar com tudo no Brasileiro parecia ter sido assimilada, especialmente com o gol de Bill a um minuto, com passe preciso de Everton Ribeiro.

Não demorou, contudo, a aparecerem os erros que determinariam a derrota coxa-branca. O primeiro foi tomar gol de contra-ataque com vantagem no placar. Até me perguntei no tuíter se não houve uma falta em Everton Ribeiro na origem do lance. Não houve e aproveito a deixa para falar do árbitro. Ruim e confuso, mas não mal intencionado. Acertou na expulsão de Emerson e, se quisesse sacanear mesmo, teria dado pênalti em Caio quando o jogo estava 2 a 1. Em tempo: não foi pênalti, trombada normal.

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De volta ao jogo. O Coritiba teve três jogadores muito mal: Lucas Mendes, Léo Gago e Rafinha. Lucas era um convite aos ataques do Botafogo por aquele setor. Maicosuel deitou em cima dele. Léo Gago mal significa o Coxa com o ritmo quebrado na condução da bola da defesa ao ataque. Aliás, faz tempo que o Gago vem jogando mal. E sem Rafinha inspirado o Coritiba perdeu sua opção mais veloz no ataque.

Marcelo Oliveira demorou a mexer. Aliás, se na quarta-feira contrariou acertadamente a lógica ao corrigir a escalação errada ainda no primeiro tempo, hoje caiu na vala comum. Insistiu com jogadores que estavam mal até os 15 do segundo tempo. Quando arrumou o time, perdeu Emerson e aí precisou fazer uma meia-sola. Deslocou Jonas para a zaga, abriu Rafinha na ala e entrou com Tcheco no meio.

Aliás, Tcheco foi muito bem. Organizou o meio-campo como Léo Gago costumava fazer. Se tiver fôlego, é uma opção para começar como titular no próximo jogo. Eltinho também precisa reassumir rapidamente a lateral-esquerda e Marcos Aurélio tem que voltar logo.

O Coritiba está pagando o preço do semestre intenso que enfrentou. Foram 38 jogos até aqui, dá praticamente dois por semana. Muitos jogadores sofreram lesões musculares. Com um calendário mais ameno no segundo semestre – o Coxa não joga a Sul-Americana – a tendência é que este problema se atenue.

A verdade é que o Coritiba precisa reagir rapidamente na tabela. Os jogadores são bons, já provaram que funcionam bem como time, há opções interessantes na reserva. Mas as referências de bom futebol do Coxa em 2011 estão ficando cada vez mais para trás. Este dado não pode ser ignorado.

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