O Atlético foi a Arapongas no sábado de Carnaval sem Manoel e Pablo. Perdeu por 2 a 1. Hoje, em Londrina, jogou sem Ligüera, Bruno Furlan e Ricardinho. Aguentou os primeiros 30 minutos, depois tomou 3 a 0 do Tubarão.
As duas únicas derrotas rubro-negras do Paranaense reforçam o que foi escrito aqui no domingo. O título do primeiro turno atestou que o estágio atual do Furacão é mais avançado que o que se poderia imaginar, mas os objetivos da temporada só serão atingidos com reforços.
O elenco não oferece opções para permitir a Carrasco rodar o time titular e isso fica muito mais evidente quando os desfalques são em posições fundamentais. Manoel é o pilar da defesa. Pablo, mesmo improvisado, não tem substituto à altura. Ligüera é o cara da criação. E Bruno Furlan e Ricardinho ajudam a entender como um time pode jogar com três atacantes e ainda assim ser eficiente na marcação.
De todos esses, somente Ligüera tem substitutos. Um é Paulo Baier, machucado. O outro é Harrison, que hoje fez o primeiro jogo ruim com a camisa atleticana, mas ainda assim foi o menor dos problemas da equipe. Enquanto Marcelo esteve em campo, o Atlético ainda jogou. Depois, com Léo e Marcinho, o Furacão ficou sem opção ofensiva pelas pontas e sem o reforço imprescindível na marcação de meio-campo quando o time está sem a bola.
Na defesa, Heracles não deu conta de anular a forte jogada do Londrina pela direita. Carrasco ainda estancou a sangria do setor ao colocar Bruno Costa, mas aí já era tarde para conseguir um resultado normal. Por dentro, Manoel e Gustavo em vários momentos jogaram em linha, facilitando a tarefa do ataque do Tubarão, que se mantiver em todos os jogos a mesma voltagem dos duelos contra a dupla Atletiba no Café, briga pelo turno.
Repito: o Atlético avançou mais que o previsto e a derrota por 3 a 0 não anula isso. O que ela faz é deixar mais nítida a realidade de que o elenco atual não aguenta o tranco de reconduzir o clube à Série A do Brasileiro.