Como o objetivo da dupla Atletiba na noite é o mesmo e faltam poucas horas para a bola rolar, faço um post conjunto. Começo pelo Atlético, o primeiro também a entrar em campo.

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Fórmula repetida


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Carrasco repete a estrutura tática do jogo contra o Cruzeiro em Sete Lagoas. Na ocasião causou estranheza, soou como um “abrasileiramento” de um técnico que sempre pôs o time jogando muito pra frente (época estranha em que um técnico uruguaio abrasileirar seu estilo significa tornar-se mais defensivo). O Atlético manteve a mentalidade ofensiva, venceu o jogo e voltou classificado. A dose pode ser repetida hoje. Depende de Ligüera estar bem, de Zezinho (agora na dele) jogar o que sempre joga e também de Guerrón estar em campo. Com Bruno Mineiro e Edigar Júnio a missão fica mais difícil, mas ainda possível. E com Pablo. Manoel, Foguinho e Héracles o time fica com uma defesa mais linear.

Do outro lado há o Palmeiras e beira o impossível dizer o que acontecerá como um time que sempre está em crise. A bomba mais recente foi a declaração de Felipão de que deixa o clube no fim do ano. Isso pode tanto despertar um espírito de “vamos dar um título ao professor” e fazer o Palmeiras jogar mais do que sua capacidade permite como pode dar à boleirada a sensação de terra sem dono e eles entrarem em colapso mais uma vez.

Ao menos de início, Felipão não terá três atacantes, variação que quebrou as pernas do Atlético semana passada. Mas vai com Mazinho e Maykon Leite, dois jogadores velozes, sinal de que o Palmeiras pretende atacar o Atlético com movimentação e jogadas pelos lados do campo. E atacar com moderação. O Palmeiras não precisa vencer, mas também não pode deixar de atacar. Ou seja, não deve se lançar e dar campo ao Atlético desde o início.

Dilema tático


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O 0 a 0 foi o resultado mais traiçoeiro que o Coritiba poderia trazer de Salvador. O time precisa vencer, então o recomendável é atacar. Mas levar um gol pode ser fatal, pois todos os empates com gols são do Vitória, então não dá para descuidar. Essa é a equação que Marcelo Oliveira trabalhou desde segunda-feira e, embora nós ainda não saibamos, já foi resolvida ao menos na escalação.

Ontem, parte do treino fechado foi com três atacantes, o que indica um Coritiba voraz, buscando a vitória. E estes três atacantes, pela lógica, devem ser Éverton Ribeiro, Anderson Aquino e Roberto, com Lincoln chegando na armação e Ayrton com licença para atacar sempre. Diferente disso, só se for Marcel como centroavante, em uma opção desde o início pela bola alta. Acho improvável, até porque é mais fácil vencer Rodrigo e Victor Bahls por baixo do que por cima. Como também é improvável Éverton Costa seguir no time.

O problema está logo atrás. Tcheco e Gil estão fora. Sobram Willian, Júnior Urso, Sérgio Manoel, França e Djair. Há pouca diferença entre os cinco. É mais provável que os escolhidos sejam Urso e Willian, justamente os dois que comprovadamente deixam o time travado quando jogam juntos. Djair ou Sérgio Manoel podem dar alguma velocidade e precisão à saída de bola, quesito fundamental esta noite, além de serem bom o bastante para marcar Pedro Ken e Tartá, dois carregadores de bola. E aí eu deixaria o Urso no banco.

O Vitória sabe atacar também jogando fora de casa. Foi assim, partindo para cima, que virou o jogo contra o Botafogo no Engenhão, na fase anterior. Marquinhos é veloz. Se ficar só na direita, tudo bem, Lucas Mendes pode cuidar dele sozinho. O problema é se ele cair pelas costas de Ayrton. E na área há Neto Baiano, o artilheiro do Brasil em 2012.