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Ricardo Drubscky é o novo técnico do Atlético

Quem der um google no nome de Ricardo Drubscky verá que as principais referências a ele tratam de sua atividade acadêmica. É chamado constantemente para dar a palestras a outros técnicos e tem um livro publicado em 2003 bastante respeitado entre os “professores”. Depois aparece a sua atividade em categorias de base. Foram duas décadas no futebol mineiro, formando jogadores em América e Cruzeiro, além de duas temporadas no Atlético. Somente depois vem o que ele fez no banco de reservas como treinador, uma carreira ainda modesta, com feitos notáveis apenas em 1996 (campeão da Copinha e vice mineiro com o Coelho) e 2011 (campeão da D com o Tupi).

Ou seja, se Juan Ramón Carrasco era uma aposta, Ricardo Drubscky é outra. O novo treinador atleticano é um ótimo teórico do futebol. Mas ainda não mostrou ser tão bom assim na prática. Sua grande chance será no comando do Atlético. É como jogar uma moeda para cima e torcer para que ela caia do lado certo. A chance é de 50%.

Alguns fatores ajudam a entender a opção por Drubscky. É um técnico bem mais barato que a média nacional. Caio Júnior, Estevam Soares, Toninho Cerezzo e Jorginho não viriam por menos de R$ 100 mil. Ou seja, não se encaixam naquela que sempre foi a política salarial de Petraglia com treinadores. Uma política interessante, que destoa da inflação absurda do mercado brasileiro. Tem experiência de trabalho com jovens jogadores, algo interessante para um clube que mantém uma equipe sub-23 e tem vários garotos no elenco principal. E Petraglia gosta de Drubscky. A contratação dele para coordenar as categorias de base foi uma das últimas indicações de Petraglia antes de afastar-se do comando do clube, em 2008. Provavelmente será um técnico de diálogo mais fácil com a diretoria rubro-negra.

Mas só diálogo não basta. O que valia com Carrasco vale também para Drubscky. O time precisa de reforços. Um lateral-direito, um esquerdo, um zagueiro, um volante do nível de Deivid, um bom atacante de velocidade. (reintegrar Guerrón e, por que não, dar uma nova chance a Morro García também ajudaria, mas aí já entra na categoria dos milagres) Contratar certo e logo já ajudaria demais a chance de a moeda cair do lado certo. Porém, assim como escrevi de Carrasco no começo do ano, também não parece ser Drubscky o cara que estará no banco de reservas do Atlético quando a Série B terminar.

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