Texto publicado na Esportiva impressa desta terça-feira
Um mês atrás, Lúcio Flávio não havia chegado ao Paraná. O meio-campo tricolor se virava relativamente bem com os passes de Wellington, a velocidade de Luisinho, a polivalência de Cambará. Nenhum paranista suspirava pelos cantos dizendo “Com o Lúcio Flávio, teríamos um time capaz de voltar à Série A.”
Acontece que neste um mês o Paraná contratou Lúcio Flávio. O meia assumiu a braçadeira de capitão, tornou-se referência técnica e mental do time. O acesso, que soava a mera ilusão, tornou-se algo palpável.
Agora, Lúcio Flávio está fora do time. Sua saída contra o Vitória foi catastrófica. A derrota para os baianos começou ali. Lúcio não enfrenta América de Natal e Criciúma. E fica difícil imaginar a equipe sem o camisa 10.
Wellington pode mudar de posição, com a entrada de mais um volante? Pode. Wendel pode ser recuado para o meio, com a entrada de um centroavante? Pode. Packer pode reaparecer no time, mantendo o meio-campo leve e criativo? Não é recomendável, mas pode [ATUALIZAÇÃO 10h26: Me lembram o Vinícius de Moraes e o Alisson Cunha que o Packer está sem contrato, logo, não pode. Ainda bem]. Ainda há Maicon e Marquinhos. Ou qualquer outra solução que Ricardinho encontre. A única diferença será o quanto o time conseguirá remediar a ausência de Lúcio Flávio.
Se há um mês o Paraná nem sonhava com Lúcio Flávio, hoje sua ausência é de tirar o sono. E o quanto o camisa 10 estará em campo determinará as chances paranistas na Série B.
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Escrevi de Lúcio Flávio e tem se falado muito de Luisinho, mas Fernandinho também fará muita falta ao Paraná. Da lateral-esquerda, ele é um dos principais articuladores do time, carimba todas as jogadas com seus passes certeiros. Wendell Borges, o substituto, é de outra característica: ala ofensivo e de velocidade. Mais uma mudança de estilo no jogo tricolor.