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Eureka! Carrasco mostra que existe futebol sem volantes


Paulo Baier, autor de dois gols no primeiro tempo, se livra do marcador

Há quanto tempo você não vê o seu time começar um jogo sem volantes? O torcedor atleticano viu hoje, na Vila Capanema. Diante da pior equipe do campeonato, Carrasco não teve dúvida em resolver a marcação com ocupação de espaços e melhorar o toque de bola no meio-campo, mesmo correndo o risco de ter a defesa importunada pelo Iraty.

Com Zezinho, Paulo Baier e Ligüera no meio-campo, o Atlético acertou e acelerou a transição da defesa para o ataque. A bola ia de pé para pé, sem chutão, sem pressa. Houve risco, o Iraty chegou algumas vezes ao gol de Vinícius. Mas na hora de fazer gol em Vinícius, deixou claro por que é pior time do campeonato, mesmo tendo o bom Paraíba (rápido e habilidoso, mas que ainda precisa de um trabalho de base) e mesmo Vinícius rebatendo bola fácil como o torcedor do Atlético não gostaria de lembrar.

O Atlético venceu por 3 a 0 porque é melhor e porque foi montado para permitir que essa superioridade decidisse o jogo. Foi uma demonstração interessante de fidelidade a um estilo de jogo, ofensivo, algo que Carrasco prega sempre e aplica na maioria das vezes. É bom ver um treinador dar de ombros algumas convenções do futebol, como a necessidade de sempre ter alguém para destruir no meio-campo. Ao pensar assim, Carrasco faz bem para ao Atlético e ao futebol. E mostra que existe futebol sem volantes mesmo que você não seja o Barcelona.

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O próprio treinador admitiu, não dá para jogar dessa maneira em Criciúma. O Tigre tem dois grandes jogadores, o meia André Gava, içado das categorias de base após a saída de Pedro Carmona para o Palmeiras, e Zé Carlos, atacante que, lembrou-me o Cristian Toledo, o Atlético tentou contratar ano passado. Gava é destro e gosta de armar o jogo pelos lados do campo. Zé Carlos é o artilheiro do Criciúma no Catarinense, com 11 gols.

No Heriberto Hulse, Carrasco deve voltar com Deivid e Alan Bahia. São dois marcadores, mas que sabem sair para o jogo. O cuidado aumenta, mas a preocupação em tratar bem a bola e atacar deve ser mantida. O Atlético não pode esquecer dos erros de São Luís para o jogo de quinta-feira.

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Pretendo tratar do tema durante a próxima semana: Paulo Baier, Guerrón e Marcinho foram titulares hoje – Baier, mais uma vez, foi decisivo. Ter três peças-chave do time rebaixado é, necessariamente, um problema para quem pretende subir no ano seguinte? Eu acho que não, e vocês?

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Pablo ainda se lembrava como é jogar de atacante.

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Edigar Júnio fez mais uma boa partida. Já ganhou a posição de Bruno Mineiro e tem até o fim do campeonato para provar que é o 9 ideal para a Série B. Ele consegue? Detalhe: é mais um da inesgotável fábrica do PSTC.

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