Everton (22), o grande nome da reação rubro-negra. (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)| Foto:
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Os números de Vagner Mancini à frente do Atlético já impressionam. São quatro vitórias, dois empates e nenhuma derrota. Vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil e um salto de 12 posições no Brasileiro, da vice-lanterna para a porta do G-4.

 

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Há um jogador que simboliza essa arrancada. Uma peça que resume como o Atlético passou a jogar desde a saída de Ricardo Drubscky. Éverton. O meio-campista já era a melhor contratação rubro-negra para a temporada, mas assumiu a condição de peça-chave do time neste prólogo da era Mancini.

 

Everton joga aberto por um dos lados no losango de meio-campo de Vágner Mancini. O que, traduzindo do futebolês para o português, significa que ele tem obrigação igual de marcar e atacar. E tem feito isso com perfeição.

 

Sem a bola, fecha o tripé de volantes tão comum nos times escalados pelo treinador. É o cara que corre para auxiliar — no caso de hoje — Bruno Silva e Marcelo Palau, ou Bruno Silva e Zezinho. Reduz o espaço do adversário e permite a Paulo Baier segundos preciosos para respirar e premeditar o próximo ataque rubro-negro.

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Um ataque que certamente terá Everton como protagonista. O camisa 22 invariavelmente arranca com a bola no pé em direção ao ataque. Pode ser pela esquerda, sua terra nativa, como nas melhores chances criadas pelo Atlético no Atletiba, ainda com o interino Alberto. Pode ser pela direita, como no primeiro gol contra o Goiás: passe de Bruno Silva, arrancada de Everton pra cima de William Matheus, passe para Dellatorre, bola na rede, abraços efusivos, festa da torcida e 1 a 0 no placar.

 

O ideal, hoje, é ter jogadores capazes de atacar e defender na mesma proporção. Everton é um desses caras. E assim, permite aos companheiros especialistas se dedicarem naquilo que são melhores. Não chega a ser o ideal, mas tem sido fundamental para a reação do Atlético no Brasileiro.

 

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Vagner Mancini tem o mérito de ter enxergado essa qualidade evidente de Everton e de extrair dela o máximo possível. Arrumou um motor no meio, ajustou a defesa e já pode se debruçar sobre o ataque, que nos seus momentos mais produtivos balançou a rede mais pelo excesso de chances do que pela qualidade dos seus componentes.

Hoje, o Atlético tem uma pontuação mais condizente com seu potencial e seu rendimento. Deve essa arrancada ao equilíbrio e à dedicação encarnados pelo seu camisa 22.