Escrevi no post logo abaixo que não assisti a Coritiba x Botafogo e pedi a quem viu que ajudasse a contar aqui a história do jogo. Muitos fizeram isso nos ótimos comentários do post, todos liberados. O Thiago Rafael, leitor do blog e torcedor coxa-branca, viu a partida e mandou um ótimo texto. Não só a respeito do jogo, mas também do momento do Coritiba e do que falta para o time fazer um bom Brasileiro. E como ele autorizou, compartilho os escritos aqui no blog. Confiram.
O Coritiba não tem padrinho. Padrinho no sentido siciliano mesmo, na falta daquele que mataria por amor (Marcel, K9?) “que mate por dinheiro”.
O gol de Luís Fabiano contra o Bahia é marca clara da eficiência do 9 bem posicionado e provedor. A cabeçada embaixo do gol de Roberto “para a lua” ontem, transfigura essa carência de um time que é órfão em finalizar o ciclo de suas jogadas.
Segue o enredo.
As atenuantes:
-O Botafogo valorizou muito mais o jogo que o Coritiba. Entrou com a faca nos dentes e fez o melhor primeiro tempo de um visitante no Couto desde o jogo contra o São Paulo em 2011; marcava com dez jogadores que constantemente ficavam atrás da linha da bola e depois partiam em velocidade: Renato armando, Maicosuel, Elkeson e Vitor Jr como uma trinca de meias que em muito lembra Marcos Aurélio, Davi e Rafinha de 2011;
-O time está em idêntica situação que estava em 2011: 2 derrotas nas 2 primeiras rodadas;
-Haverá 10 dias para o time se concentrar na semifinal contra o São Paulo e ainda terá outra chance de vencer no Brasileiro em casa, contra um adversário que vai mal, a Portuguesa;
-O time sentiu a falta de ritmo do lateral Jonas, ausente por contusão desde o segundo turno do paranaense;
As reclamações:
-Falta de critério pela arbitragem de Seneme nas marcações;
-Pênalti claro não dado em Roberto – o jogador não bate no ombro de Roberto, bate em suas costas, na cara do auxiliar;
-Lances duvidosos nos gols do adversário;
As agravantes:
-Não temos consistência defensiva: os 2 laterais, Marcio Azevedo e Lucas, entravam como queriam em uma defesa que em 2011 foi um dos pontos fortes do time com Jéci e Emerson, e que por ora, já soma 5 gols contra em 2 jogos; Aliás, no primeiro tempo do Vitória, no meio de semana, a tendência maternal da defesa já tinha sido exposta, fato não aproveitado pela grossura mendaz de Neto Baiano;
-Nossa inconsistência no meio-campo: Everton Ribeiro parece não ter assimilado o papel de protagonista – tem um ou outro piparote de camisa 10 mas logo retrai-se; Lincoln oscilou entre a genialidade e a preguiça; Urso alterna momentos de Donizete e de…Urso;
-A falta de um Padrinho Matador – Inconsistência no Ataque – É sempre assim. Ontem o Coritiba teve no mínimo 75% da posse de bola no 2º tempo, mas quando ela chega à frente, bate e volta pela falta de um bom finalizador, alguém que “faça a justiça corleônica”. Resultado disso: Não saem os gols e ainda por cima acaba-se facilitando no alto número de contra-ataques sofridos. Roberto vai bem demais pelas beiradas, o mesmo se dizendo de E. Costa, que não é um camisa 9 definitivamente.
Falta muito, mas falta pouco: um centroavante rompante, matador, vertical, que amedronte os zagueiros ajudaria muito.
Chega a ser vergonhosa a situação de um time que há 28 jogos não perdia ser incapaz de furar a defesa de um adversário que ontem jogou com uma zaga reserva. Um dos zagueiros, Dória, inclusive, recém promovido ao profissional.
*****
E aí, concordam com o Thiago? Quem quiser escrever sobre seu time, é só mandar um texto para bolanocorpo@gmail.com
Congresso mantém queda de braço com STF e ameaça pacote do governo
Deputados contestam Lewandowski e lançam frente pela liberdade de expressão
Marcel van Hattem desafia: Polícia Federal não o prendeu por falta de coragem? Assista ao Sem Rodeios
Moraes proíbe entrega de dados de prontuários de aborto ao Cremesp