Sete anos depois, Finazzi está de volta ao Atlético. Não me refiro ao Finazzi original, vice-artilheiro do Furacão na temporada 2005, com 14 gols. Falo do estilo Finazzi. Fernandão é um centroavante de área como Finazzi. Começou tarde no futebol como Finazzi – aos 19 anos, vendedor de tapetes, foi chamado para um teste no América-RJ. Tem medidas similares às de Finazzi – 1,92m e 85kg dele contra 1,91m e 84kg do original. E, olhando bem as fotos, até de rosto eles são parecidos.
Creio que ano passado, escrevi que o Paraná deveria buscar Finazzi para a Série B. Um centroavante como ele é meio caminho para conseguir o acesso. O mesmo vale para o Atlético, este ano de volta à Segunda Divisão nacional.
A regra dos jogos atleticanos em casa será o time de JR Carrasco tentando penetrar um barreira de oito jogadores erguida pelo adversário na entrada da área. Nem sempre dá para furar esse muro com trocas de passes e infiltração. Esperar o espaço do contra-ataque em um jogo desses, então, é desperdício. Precisa de um chuveirinho, uma “bola quieta” (by Carrasco) ou um camisa 9 forte o bastante para fazer o pivô.
Hoje, o elenco rubro-negro não tem um jogador confiável para aproveitar um chuveirinho, uma bola parada ou fazer o pivô. (Notem que o termo confiável exclui Federico Nieto e improvisações de zagueiros no ataque) Fernandão atende a todas essas necessidades. Foi eficiente no Guarani e na zona completa que é o Palmeiras, decidiu clássicos e por pouco não tirou o título brasileiro do Corinthians.
É um atacante com cara de Série B. Um Finazzi. Exatamente como o Atlético precisava.