Fernandinho, discreto no primeiro tempo e à vontade no segundo. (Foto: Jefferson Bernardes/ Vipcomm)| Foto:
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Se o objetivo principal do amistoso contra a África do Sul era testar Fernandinho e Rafinha, já é possível projetar o que será dos dois. Fernandinho estará na Copa e Rafinha precisará esperar um pouco mais.

 

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Felipão usou Fernandinho de uma maneira em cada tempo. No primeiro, como primeiro volante; no segundo, como segundo volante. A forma como Fernandinho atua no Manchester City permite essa variação. Nos Citizens Fernandinho joga por dentro na linha de quatro jogadores de meio-campo, ao lado de Yaya Touré. Os dois se alternam nas funções de marcação, saída de jogo e chegada ao ataque. Na seleção, Felipão prefere uma função de cada vez.

 

Como primeiro volante, Fernandinho ficou claramente desconfortável, mas foi eficiente. Plantado na frente dos zagueiros, sem um parceiro ao lado, preferiu recuar, jogar mais próximo da linha defensiva. Ficou um pouco longe de Paulinho, não arriscou passes muito longos.

 

No segundo tempo, avançado, mostrou mais o seu jogo. O lance do quarto gol, que começa e termina com ele, foi do Fernandinho do Manchester City. Bola bem enfiada para Ramires e chegada como elemento surpresa para finalizar. É a imagem que vai para o Jornal Nacional e carimbar Fernandinho na Copa, como a primeira opção “defensiva” para o meio-campo no banco de reservas. E Fernandinho ainda dá mais uma opção, a de jogar ao lado de Luiz Gustavo e Paulinho, com a saída de Oscar ou mesmo em um time sem Fred, com Neymar como referência.

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Rafinha foi discreto o tempo todo. Ficou mais preso na defesa, arriscou poucas subidas ao ataque. No Bayern tem rendido bem mais. Fez pouco para melhorar uma situação que, de qualquer maneira, não seria definida hoje.

 

Daniel Alves é o titular. Maicon vinha de três temporadas ruins com Manchester City ou Internazionale e reagiu na Roma. Tem jogado menos do que Rafinha no Bayern, mas há um aspecto a seu favor: tem experiência em Copa do Mundo. Em um elenco provavelmente com muitos estreantes, é um fator que Felipão certamente levará em consideração. Se terminar bem a temporada — mais física do que tecnicamente –, vai para a Copa. Caso contrário, a vaga é de Rafinha.

 

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