• Carregando...
Gramado da Vila, Curva Norte e estádio do Atlético: três problemas, uma solução
| Foto:
Eduardo Luiz/ Rádio 98 FM

O gramado da Vila Capanema está destruído, resultado da barbeiragem na manutenção feita por uma empresa especializada — em gramado, não em barbeiragem.

O Paraná busca recursos para cobrir a Curva Norte. Associou-se à Fúria Independente e aos Paranautas para angariar fundos, mas só vai começar a obra quando tiver pelo menos 50% do dinheiro na mão.

O Atlético procura um lar para o Brasileirão. O Ecoestádio, na maior boa vontade, só servirá para jogos menores. Os grandes duelos estão cada vez mais propensos a serem espalhados pelo mapa do Brasil.

São três problemas distintos, aparentemente sem ligação entre si, mas que podem ser resolvidos com o mesmo remédio. Um acordo bem amarrado para que Atlético e Paraná compartilhem a Vila Capanema durante o Campeonato Brasileiro pode matar os três coelhos de uma só vez.

Ano passado, enquanto usou a Vila Capanema, o Atlético auxiliou na manutenção do gramado, dose repetida no Gigante do Itiberê, em Paranaguá. Os dois terrenos estiveram muito bem cuidados, aptos à prática do futebol. Bastaria repetir a mesma fórmula.

Recentemente, o Rubens Bohlen disse à Nadja Mauad que cobrir a Curva Norte custará 1,5 milhão de reais. Metade disso, o mínimo para começar a obra, dá 750 mil. Dividido por 19, número de partidas do Atlético em casa no Brasileiro, dá 40 mil reais. Uma quantia baixa, acessível para o Atlético pagar como aluguel.

O Atlético dará um tiro no pé — esportivamente falando — se mandar seus jogos contra paulistas, cariocas e gaúchos fora da capital. Enfrentar Corinthians, São Paulo e Santos no norte do estado; a dupla Gre-Nal no oeste; os cariocas em Brasília ou no Nordeste é, na prática, inversão de mando. Um time que acaba de subir naturalmente tem dificuldades para se manter na Série A. Com apenas dez jogos efetivamente em casa e 28, na prática, como visitante, a sobrevivência torna-se ainda mais difícil. E mesmo o dinheiro que se pode arrecadar não pagaria um novo rebaixamento.

A solução está na cara dos dois clubes. É só dividir uma mesa, conversar e chegar a um acordo. Por incrível que pareça, esse detalhe é o mais difícil de tudo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]