Guerrón voltou bem após período fora do time
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Como passei a parte futebolística do domingo viajando, vou recuperando aos poucos o que aconteceu ontem. E o título acima, aviso desde já, é um exagero com um fundo de verdade.

Guerrón não virou craque da noite para o dia, mas é o símbolo da reação do Atlético. Muitos já haviam dado baixa no equatoriano. Eu mesmo fiz isso. Mandei um “Vai com Deus, guri” para ele no começo do ano, quando o CSKA surgiu como possível comprador. Guerrón acumulava gols perdidos, não justificava nem um décimo da quantia investida nele.

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A fase já era ruim e foi ficando pior. Guerrón se queimou sendo o único atacante de Adilson Batista, teve faltas e atrasos, contusões, até ser descartado por Renato Gaúcho. Impossível não comparar sua trajetória com a do próprio Atlético, trôpego até chegar ao ponto de ter o seu rebaixamento considerado quase irremediável. Um cenário tão desolador que o renegado Guerrón virou solução.

Contra o Palmeiras (jogo a que eu assisti), Guerrón foi o melhor em campo. Colou na linha lateral e infernizou Gabriel Silva pela lado direito do ataque. Fez um gol em uma mistura de sorte (o desvio de Marcos Assunção) e bom posicionamento (apareceu sozinho atrás da zaga verde), sofreu o pênalti convertido por Marcinho.

Ontem, em Macaé (jogo do qual só vi os melhores momentos e li relatos), foi decisivo para o 2 a 1 sobre o Flamengo. Fez um golaço com caneta e cavadinha, tentou marcar outro do meio-campo e… foi expulso.

Em um ano e pouco de Atlético Guerrón já foi contratação milionária, esperança, decepção, chacota, descartável, última solução e novo herói. Agora, é uma surpreendente dor de cabeça. Quem é o jogador ideal para substituí-lo? O ataque vai funcionar sem Guerrón?

Lopes tem uma semana inteira para responder a essas duas questões. E para cuidar da cabeça do equatoriano. O grande problema da carreira de Guerrón sempre foi manter a regularidade. O Guerrón campeão da Libertadores-2008 pela LDU reapareceu somente em alguns lampejos. Por enquanto, as duas grandes exibições do equatoriano devem ser encaradas assim: como dois lampejos capazes de por um pouco de luz no caminho do Atlético. Para evitar o rebaixamento, o Furacão precisará de mais – tanto de Guerrón como do time inteiro.

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