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Já viram os uniformes novos do Paraná? Vi as fotos e gostei. São simples e bonitos, como devem ser, na minha concepção, camisas de futebol. Mais do que dos uniformes gostei do evento em si, de tudo que foi apresentado pelo departamento de marketing do clube.

Desde o início do ano a resposta automática nos momentos ruins era de que o marketing estava trabalhando para gerar receitas e acender a luz no fim do túnel paranista. Uma baita responsabilidade. Afinal, não é qualquer iniciativa que irá tirar o Tricolor do buraco. Como também não será só uma iniciativa que irá salvar o clube. Então este pacote da camisa + sócio-torcedor deve ser encarado como um começo. Um bom começo.

Algumas equipes já recorreram à estratégia de oferecer o espaço do seu “uniforme” para os fãs. Usei as aspas porque quem eu me lembro que fez isso primeiro foi a Honda, equipe de Fórmula 1, que estampou milhares de rostos de pessoas comuns na carenagem do seu carro. Depois o Corinthians fez isso com a sua camisa e agora o Tricolor vende o espaço para um “autógrafo”.

Aplicando a matemática básica, dividindo os 1.500 espaços por dois, multiplicando uma metade pelo valor do autógrafo na frente e a outra metade pelo valor do autógrafo nas costas, cheguei a R$ 1,8 milhão de arrecadação bruta. Tem todos os custos da promoção, claro, mas se ficar a metade disso limpo para o caixa tricolor já será um bom montante.

Alguém pode dizer que é caro – R$ 1.989 e R$ 534. Até concordo, mas não consigo acreditar que não existam 1,5 mil paranistas dispostos a desembolsar este valor para ajudar o clube neste momento. E se ainda assim for caro, há o plano de sócios, com preços honestos para novas adesões e condições camaradas para quem está em atraso.

Quem sempre disse que gostaria de ajudar o Paraná, mas não sabia como, tem agora uma oportunidade. É indiscutível que o clube só sairá do buraco com a ajuda do torcedor. E depois de períodos bem turbulentos, o Paraná tem um comando que merece esse voto de confiança.

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Claro que o torcedor só se sentirá estimulado a gastar com o clube se for puxado pelo time. A semana é dura, com dois jogos fora de casa. O primeiro hoje, contra o Goiás, o maior favorito ao acesso.

Não gosto da escalação tricolor. Roberto Fonseca põe três zagueiros e três volantes. A proposta clara é não deixar o adversário jogar. Estratégia sempre perigosa, pois está comprovado que a melhor estratégia para anular um oponente é não deixar que ele fique com a bola no pé. No papel, o Paraná começa mal o duelo no Serra Dourada. Tomara que termine bem.

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