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Acabei de assistir às duas primeiras partes da entrevista exclusiva do presidente do Atlético, Marcos Malucelli, ao Napoleão de Almeida. Nem preciso reforçar que é altamente recomendável, especialmente aos atleticanos.

Sobre o time, Malucelli falou pouca coisa nova. Voltou a usar a campanha de 2010 como parâmetro para dizer que o time pode terminar bem 2011, defendeu o Ocimar Bolicenho, explicou a saída do Geninho (embora não tenha dito por que ele não demitiu o técnico pessoalmente, até pela relação entre os dois) etc.

Destaco, aqui, o que considero o mais importante destes dois blocos de entrevista.

Contratos de curto prazo. Segundo o Malucelli, somente neste ano foi feita a opção de contratos de empréstimo até o fim do ano com valor predefinido para aquisição definitiva. Claramente tem relação com a política de não deixar heranças possivelmente malditas para a próxima gestão. Explicação nobre, embora não apague o fato de que o Atlético fechará o ano sem uma base para 2012. E isso é ruim;

Rhodolfo. Confesso que eu não tinha visto ainda a explicação de que Rhodolfo foi negociado com um empresário (Joseph Lee), que somente depois decidiu repassá-lo ao São Paulo. Não sei se alivia a gritaria da numerosa ala que é contra qualquer relação entre Atlético e São Paulo. Mas essa gritaria – por mais que tenha se justificado em certo momento – já me parece com prazo de validade vencida;

Jogos na Globo. Malucelli deu uma cobrada no Marcelo Campos Pinto, principal executivo da Globo Esportes, quanto ao Atlético ter mais jogos na TV aberta. A montagem das grades de transmissão do primeiro turno ocorreu em meio à indefinição sobre o contrato 2012/14 e clubes que se alinharam com o Clube dos 13 acabaram marginalizados na escolha dos jogos da TV aberta – aconteceu com o Atlético, aconteceu com o São Paulo também, por exemplo. Quando os dissidentes assinaram com a Globo, houve a promessa de eles aparecerem mais no segundo turno. A conferir;

Comissões. Malucelli também comentou o antigo contrato de patrocínio do Atlético com a Kyocera. Ele contou que do valor total do contrato, 12% era repassado em comissão ao antigo diretor de marketing Mauro Holzmann e 7,5% a uma agência em São Paulo. Essa prática era repetida também no contrato com a Caixa para espalhar placas da Timemania pela Arena. Hoje o Atlético perde bem menos em comissão, o que aumenta o faturamento líquido do clube. Outra boa questão para o Petraglia responder ao longo da campanha, sobre como será o comissionamento por contratos caso ele vença a eleição;

Rotatividade na Arena. Malucelli disse ser favorável a, quando a Arena estiver concluída, deixar uma reserva de ingressos para serem vendidos avulso, algo em torno de 20% da carga do Atlético. Traduzindo em números. Dos 41 mil lugares do estádio (estou arredondando), ficariam 4,1 mil para os visitantes, de 28 a 30 mil para sócios e pelo menos 7 mil lugares para vender no dia do jogo. A ideia é garantir uma rotatividade na Arena, para evitar que os jogos do Atlético se tornem exclusivos para sócios. Acho uma ótima ideia. A experiência no estádio é fundamental para atrair novos torcedores e manter os antigos. Restringir o estádio somente a sócios é limitar sua torcida.

E vocês, o que acharam?

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