No próximo sábado termina oficialmente a parceria entre J. Malucelli e Corinthians, que pariu o Corinthians Paranaense. Menos por essa data e muito mais pela final da Libertadores, conversei ontem com o Joel Malucelli sobre a experiência de se tornar filial de um clube paulista. Apesar do fracasso na arquibancada – ou não sucesso, afinal o Jotinha nunca foi um campeão de bilheteria -, Joel Malucelli não tem do que reclamar. Embolsou 5 milhões de euros com a venda de Jucilei para o Anzhi (via Corinthians) e mais R$ 600 mil por 50% dos direitos do volante Ronaldo, repassado pelo Timão ao Guarani. E para quem vê o futebol como negócio, no fim das contas, um lucro desses já basta. Confira o bate-papo.
Qual sentimento desperta no sr. essa final de Libertadores?
Convivi muito com a diretoria do Corinthians em todo esse período e é impressionante como estão dando importância à conquista do título. Conversei com o [vice de Marketing Luiz Paulo] Rosemberg e com o Raul [Corrêa, vice jurídico] antes do embarque para Buenos Aires e eles não admitem a possibilidade de perder esse título. É algo que supera a rivalidade a que estamos acostumados. O Corinthians é quase como uma doença.
A expectativa com a parceria era absorver parte da torcida do Corinthians para o seu clube. O que deu errado?
Eu superestimei os corintianos do Paraná. Imaginei que eles comprariam a ideia do time, o que não aconteceu. Nossas campanhas nos dois últimos anos também não motivaram a chegada de novos torcedores. Além disso, colocar a bandeira de São Paulo no escudo foi um erro. O Jotinha, que era visto com simpatia, passou a despertar antipatia.
Quanto o Jotinha lucrou com as transferências do Jucilei e do Ronaldo (volante) para o Corinthians?
Recebemos R$ 600 mil por 50% dos direitos do Ronaldo e 5 milhões de euros na negociação do Jucilei.
Então financeiramente valeu a pena?
Valeu muito.
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Além da entrevista com Joel Malucelli, fiz para a Esportiva de hoje, em parceria com a Juliana Gonçalves, uma matéria sobre