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Neste chute de Bill, Felipe evitou o gol do Coritiba

O Coritiba deve se orgulhar de ser o time, até aqui, que mais dificuldade impôs ao Flamengo, líder momentâneo do Brasileirão. Mas também deve socar a parede por ter caído novamente na tentação de recuar nos jogos fora de casa. O encolhimento gradativo na última meia hora do jogo foi decisivo para a derrota por 1 a 0, gol de Jael aos 44 minutos do segundo tempo.

A proposta inicial do Coritiba era clara: manter a bola no campo de ataque do Flamengo, sem aceitar a pressão do adversário. Fez isso bem. A entrada de Lucas Mendes deu mais segurança defensiva à equipe e ajudou a manter Thiago Neves sob controle. Leandro e Donizete (são dois, né?) cuidaram bem de Ronaldinho. Léo Gago e Tcheco ajudaram a avançar a marcação, induzindo o Flamengo a errar passes.

A estratégia só não foi perfeita porque faltava ao Coritiba mais gente no ataque. Basicamente, havia Rafinha, Marcos Aurélio e Bill, ora apoiados por Jonas, ora apoiados por Tcheco. Com pouca gente perto da área do Flamengo (muito bem armado defensivamente), o Coxa conseguia tomar a bola, trocar passes na intermediária, mas não conseguia chegar ao gol adversário. Teve, ainda, duas boas chances de fora da área e uma infinidade de chuveirinhos inúteis para Bill tentar a parede ou o cabeceio.

No segundo tempo, o plano era manter a estratégia de jogar no campo rubro-negro até os 15 minutos e depois dar o bote em um contra-ataque. Funcionou mais ou menos no começo e terrivelmente do meio para o fim. A marcação do Coritiba, que era eficiente, começou a ter alguns buracos. Lucas Mendes passou a perder o duelo com Léo Moura, Tcheco não recompunha mais a defesa com a mesma eficiência, Leandro Donizete voltou a jogar como um só e, principalmente, o Coxa perdeu o contra-ataque. Marcos Aurélio sumiu, Rafinha parava na marcação e Bill ficou isolado

Marcelo Oliveira percebeu e mexeu… errado. Acertou só na troca de Lucas por Eltinho. Tcheco claramente começou a tropeçar na língua. Era prudente tirá-lo, mas Marcelo o manteve praticamente até o fim. Bill, pesado, não era a peça certa para puxar contra-ataques. Anderson Aquino estava no banco e poderia formar um trio de velocidade com Marcos Aurélio (se ele ressuscitasse) e Rafinha. Marcelo preferiu Davi, que entrou mal, no lugar de Marcos Aurélio. Para completar, o deslocamento de Jonas para o meio com a entrada de Maranhão só deu mais terreno ao Flamengo.

Dar tantas brechas para uma equipe que tem Ronaldinho no seu melhor momento no Brasil e ótimos coadjuvantes é pedir para perder o jogo. Jael teve uma chance logo que entrou, mas chutou na trave. Na segunda, não teve jeito. Ronaldinho cruzou, Jéci pulou uma gilete, Emerson entrou mole na dividida com Jael e Edson Bastos fez golpe de vista em uma bola cabeceada quase no meio do gol. 1 a 0 Flamengo, e aquele que poderia ter sido o melhor jogo do Coritiba como visitante no ano acabou em derrota pela repetição da mania de se encolher fora do Couto Pereira.

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Amigos paranistas e rubro-negros, não me xinguem, sei que estou em débito com vocês. Entre hoje e amanhã ponho em dia as postagem sobre seus times. Sinceras desculpas.

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