Mais uma vez o Paraná penou com a incapacidade dos seus atacantes de acertar o gol adversário. Luisinho, Arthur e, mais tarde, Douglas Tanque tiveram oportunidades de vazar a meta de Neneca e falharam. O mesmo já havia acontecido contra o Guarani. Para Ricardinho, foi a principal razão para o empate da estreia e a derrota desta noite. Contra dois candidatos ao acesso é proibido perder qualquer chance de balançar a rede.
A solução mais barata – estou descartando reforços em um primeiro momento – é treinar, obrigar os atacantes a passar horas chutando a gol durante a semana. O problema é quando o Paraná vai fazer isso? A tabela deu ao Tricolor dez dias de intervalo entre as partidas contra Guarani e América Mineiro. Ao invés de dedicar-se somente à preparação, o time teve de entrar em campo duas vezes pela Segundinha.
Antes de embarcar para os duelos contra Bragantino e Goiás, o Paraná pega o Serrano – nesse, pelo menos, Ricardinho deve mandar os reservas e ele mesmo deveria “se incluir fora dessa”, mandar o irmão treinar o time. A próxima folga de dez dias na Segundona, entre os confrontos com Barueri e Joinville, será recheada por três desafios na Segundinha. Sem tempo para treinar, Ricardinho não tem como corrigir os erros da equipe, fora o risco de arrebentar os jogadores. Mais uma cortesia da Federação Paranaense.
Claro, a derrota para o América não se resume apenas a isso. O Coelho é melhor. Controlou a partida desde o início. Mesmo pressionado, mantinha a defesa compacta, como o pugilista que guarda a meia distância do rival enquanto é atacado. O gol de contra-ataque foi belíssimo, com um corte seco de Bruno Meneghel e uma arrancada estupenda de Dudu.
Já escrevi por aqui que este é o ano para o Paraná manter-se na Série B e preparar terreno para um acesso consistente em 2013. As duas primeiras rodadas reforçam esta ideia. E a falta de tempo para corrigir seus defeitos impede o Tricolor de buscar um destino diferente.
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