O Coritiba agiu rápido e da maneira prevista. Demitiu Marcelo Oliveira e, poucos minutos depois, anunciou Marquinhos Santos, com Tcheco como auxiliar técnico.
Sobre a demissão de Marcelo Oliveira não há muito o que dizer. Ela estava desenhada e só não foi anunciada no vestiário do Canindé porque não condiz com o estilo da diretoria coxa-branca. Mas, pelo horário e pela velocidade que as coisas aconteceram, fica claro que a decisão já estava tomada. Falei dos motivos ontem à noite,
A contratação de Marquinhos Santos é, de certa forma, uma surpresa. Vilson Ribeiro de Andrade adora o trabalho de Marquinhos; Felipe Ximenes, idem. Tenho dúvidas quanto a esse ser o melhor momento. A cobrança será grande e a situação é delicada.
Ao apostar em Marquinhos, o Coritiba põe no mercado um nome novo (com 33 anos, será o mais jovem treinador das Séries A e B) e dá a entender que pretende com ele um trabalho de longo prazo, mesmo em caso de rebaixamento, exatamente como foi feito com Ney Franco. Seria loucura confiar em um técnico tão novo e demití-lo no fim do ano.
Marquinhos conhece bem as categorias de base do clube, o que sugere um espaço maior para a piazada. Amigos que trabalharam com ele ou acompanham seu trabalho na base o definem como um treinador extremamente estudioso, que sabe arrumar bem uma defesa (o Coritiba precisa disso) e organizar a equipe nos demais setores. Mesmo seus times vencedores na base do Coritiba eram extremamente sólidos.
Por outro lado, a inexperiência jogará contra Marquinhos. Ele aprenderá na prática a treinar um time profissional – e em uma situação pouco confortável. A presença de Tcheco, um ídolo da torcida, servirá de para-raio. Ainda assim, o novo técnico precisará dar resultado imediato.
Seria mais seguro para ele assumir o time no começo do ano. Porém, a oportunidade era agora e talvez não surgisse em outro momento. É um risco e todos estão cientes dele. E muito melhor investir no inexperiente Marquinhos do que em falsos brilhantes como PC Gusmão.
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