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Milton Mendes: reestreia no Brasil após sete anos fora. (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)
Milton Mendes: reestreia no Brasil após sete anos fora. (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)| Foto:
Milton Mendes: reestreia no Brasil após sete anos fora. (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)

Milton Mendes: reestreia no Brasil após sete anos fora. (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)

MIlton Mendes deixará, a partir de hoje, de ser um desconhecido para a torcida do Paraná e todo mundo que acompanha o futebol local. Obviamente o jogo com o Cianorte não revelará todas as nuances do trabalho do treinador, mas nos permitirá ter algo mais concreto para falar com sujeito que, exceto uma escala breve no Bonsucesso de 2006 (o histórico Bonsucesso de Armando; Wilson, Radson, Max e Isac; Luizinho, Julinho, Diego Mendonça e Jean Carlo; Ratinho e Caburé), só tem clubes portugueses e catarianos no currículo.

 

O eixo pouco convencional em que Milton Mendes trabalhou (somado, faço o mea-culpa, a uma falha de nós, analistas, que não fomos camelar neste deserto informativo para trazer mais do treinador) faz com que, até agora, tenha se despejado apenas um caminhão de clichês a seu respeito. Ideias rasas como um pires, que ora exaltam o que deveria ser obrigatório, ora querem dizer simplesmente nada. Vejam algumas:

 

– O Milton é um estudioso do futebol;

– O Milton tem um estilo europeu de trabalhar;

– O Milton é trabalhador;

– O Milton é um paizão;

– O Milton é um disciplinador.

 

campinho ParanaTudo isso foi dito por jogadores em coletivas, dito ou escrito por nós, analistas, em comentários. Quando não entram em conflito, as ideias são óbvias ou vagas. É obrigação do técnico ser trabalhador. É impensável um jogador chamar o “professor” de vagal, carrasco ou molenga. A Europa não tem um estilo único de trabalho que vá da Islândia a Vladivostok.

 

Por ter sido jogador e treinador em Portugal, Milton deve preferir um time com uma cara mais portuguesa. Não significa que ele seja um novo José Mourinho. Mas a disposição dos jogadores do meio pra frente indica essa tendência: Cambará centralizado à frente da zaga, Conceição mais avançado pela direita e Lúcio Flávio um pouco mais à frente pela esquerda; Keno aberto pela direita, Júlio César aberto pela esquerda (ambos voltando) e Carlinhos avançado. Se for para numerar, um 4-1-2-2-1, com seus momentos de 4-3-3 ou 4-5-1, dependendo da necessidade. O campinho do post deixa isso mais claro.

Fico um pouco preocupado com a ausência de um homem de área. Ter alguém com de definição e força física é um alternativa interessante, especialmente no arranca-toco que é o Estadual. Só a movimentação pode ser insuficiente. Na outra mão, fico satisfeito em ver Toty (rápido, ofensivo, bom passador) e Júnior Lopes (zagueiro-zagueiro) no time. Os dois são, ao lado de João Ricardo, os três reforços mais confiáveis do Paraná. As melhores novas armas para que Milton Mendes nos ofereça, a partir de hoje, mais do que clichês para avaliar seu trabalho.

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