Adailton lamenta chance perdida na partida entre Atletico e Vasco
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O 2 a 2 com o Vasco, há pouco, na Arena, diz muito a respeito da campanha do Atlético no Campeonato Brasileiro. Um time incapaz de manter uma atuação constante durante o jogo inteiro, que recua a ponto de jogar fora uma vitória fundamental contra o vice-líder da competição, só poderia estar na zona de rebaixamento. E essa combinação explica toda a turbulência pré-jogo, resgata imediatamente após o apito final. O jogo de hoje, na Baixada, exige uma divisão da sua análise em três tempos.

Primeiro tempo
Foi o Atlético que o torcedor queria ver. O adversário é melhor? Anule-se a diferença com organização tática e disposição. Assim que aconteceu.

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Héracles trancou o lado esquerdo da defesa rubro-negra. Fez isso tão bem que expulsou Éder Luís da ponta direita. Quando saiu dali, Éder Luís caiu na marcação de Deivid. E foi engolido. Renan Foguinho fez o mesmo com Diego Souza. A outra via de ataque do Vasco era Felipe, mas esse Cristóvão Borges anulou ao escalar na lateral esquerda. Com os dois arcos e a flecha anulados, Alecsandro naturalmente morreu de fome. A marcação estava resolvida, o Atlético precisava atacar.

E já que Felipe estava desconfortável na esquerda, por que não atacar por ali? Wagner Diniz aproveitou o corredor pelo lado direito e deu duas assistências perfeitas, em que soube encontrar um espaço vazio atrás da linha de zagueiros do Vasco. Paulo Baier no primeiro gol e Guerrón no segundo se deslocaram com perfeição, mandaram a bola para a rede e passaram a certeza de que era possível vencer.

Segundo tempo
Esqueça tudo escrito acima. Estranho? Bem, foi exatamente o que o Atlético fez. A marcação corajosa de quem acossa o adversário para lhe tomar a bola e partir para o ataque acabou. Em seu lugar, a marcação medrosa de quem só quer destruir e ver o tempo passar.

Você, atleticano, já viu esse filme. Há duas três semanas, contra o Fluminense. Concordando ou não com o pênalti marcado nos acréscimos daquele jogo, é consenso que o recuo exagerado da equipe permitiu a reação carioca. Hoje foi a mesma coisa. Errou Lopes ao mandar o time recuar. Erraram os jogadores ao aceitar passivamente a determinação, mesmo quando ficou claro que o empate do Vasco era questão de tempo. O Atlético levou bola na trave, sofreu o primeiro gol, cedeu o empate. Somente depois disso resolveu atacar. Aí, era tarde.

Terceiro tempo
Paulo Baier jogou muito hoje, sua melhor atuação no Brasileiro. É duro jogar bem, fazer sua parte e ver a vitória escapar entre os dedos. Mas a declaração de Baier na saída de campo pouco contribui para melhorar as coisas. O juvenil usado pelo camisa 10 não trata apenas de inexperiência, mas de ingenuidade. E os experientes do banco de reservas não eram, necessariamente, solução.

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Na teoria, Cléber Santana poderia fazer o Atlético ficar mais tempo com a bola no pé, exatamente o que estava faltando. Na prática, Cléber Santana tem falhado tanto nesta função que perdeu a posição de titular. Wendell também não tem jogado uma bola que justifique o pito de Baier. Marcelo Oliveira poderia ajudar, mas dentro das suas limitações.

Antonio Lopes foi esperto. Não deu muita corda à discussão aberta por Baier. Resolverá o problema da porta do vestiário para dentro, exatamente como o caminhão deveria ter feito.

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