Pedro Botelho, ao fundo na direita, desabafou contra os críticos do time após o acesso
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Os dez minutos finais de Atlético e Paraná foram os mais longos e espetaculares do ano no futebol paranaense. O desfecho perfeito da mais sensacional partida da temporada no estado, uma das mais fantásticas da história do clássico.

As duas áreas técnicas estavam mais povoadas que o gramado. Reservas, comissão técnica e até dirigentes tricolores tentavam ajudar a empurrar a bola para dentro do gol adversário. Reservas, jogadores não relacionados e comissão técnica do Furacão defendiam junto com o time o acesso que parecia querer fugir entre os dedos no último minuto.

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O Atlético confirmou o seu acesso com sofrimento, como sofrida foi a trajetória inteira do clube na Série B. Os erros do início do ano cobraram sua conta até a última partida. Mas não apaga a reconstrução espetacular do Rubro-Negro dentro da competição.

Foram 103 dias do início da nova passagem de Ricardo Drubscky ao acesso de hoje. Nos 20 dias anteriores, Dagoberto dos Santos e Jorginho reforçaram o time com peças decisivas, como Marcão, Elias, Maranhão, João Paulo, Henrique e Felipe. Em quatro meses, o Atlético passou de time fadado a ficar mais um ano na Série B a promovido com futebol de campeão. Em tão pouco tempo, é quase um milagre.

O Paraná – como se precisasse – deu mais uma prova do valor do elenco atual. O primeiro tempo apático, com o time engolido pelo Atlético, ficou para trás. Deu lugar a um segundo tempo de muita pressão e dedicação. Lúcio Flávio jogou demais. Aliou o talento que sempre teve à dedicação de cada um dos 220 paranistas presentes ao Ecoestádio. Foi um dos craques do jogo, ao lado de Anderson, João Paulo, Elias e Cléberson, herói duplamente, por fazer o gol no primeiro tempo e salvar o Atlético com um cabeceio em cima da linha na etapa final.

O Atlético volta com méritos à Série A. É muito importante para o clube e para o futebol paranaense que o Furacão esteja na Primeira Divisão do Brasileiro junto com o Coritiba. E com o Paraná. O Tricolor não pode desperdiçar a semente plantada este ano. Se usar a base montada com inteligência e conseguir uma folga financeira, será o Tricolor o time do estado a comemorar, no último sábado de novembro de 2013, o acesso à elite do futebol brasileiro.