Paulinho, um dos destaques do Atlético no Morumbi
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Há 28 anos o Atlético não vence o São Paulo no Morumbi. Todo o atleticano lembra de cor da última vitória: 7 de maio de 1983, quartas de final do Campeonato Brasileiro, 1 a 0, gol de Assis. A vitória que fez o clube enfiar o pé na porteira que restringia seu alcance ao futebol paranaense e chamar, pela primeira vez, a atenção do País.

Este jejum esteve muito perto de ser quebrado hoje. Edigar já se desenhava como o herói da libertação rubro-negra quando Rivaldo, de joelhos, empatou o jogo. A frustração pelas circunstâncias do 2 a 2 é normal. Gol aos 45 do segundo tempo, a chance de ao menos dormir fora da zona de rebaixamento escapando entre os dedos, a escrita contra o São Paulo perdurando por ao menos mais um ano (salvo um duelo na Sul-Americana).

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Mas há muito mais aspectos positivos a serem lembrados. Somar ponto contra o São Paulo no Morumbi é difícil e sempre merece comemoração. A atuação madura dá consistência à recuperação atleticana. Mesmo sem Kléberson e Cléber Santana, Renato Gaúcho conseguiu formar um sólido cinturão no meio-campo, com o ótimo Deivid e os malditos Fransérgio e Róbston. Fransérgio e Róbston foram fundamentais para reduzir os espaços do São Paulo, dar segurança aos zagueiros logo atrás deles e fazer a bola chegar com eficiência a Marcinho, Mádson e Morro García.

Era dos três a responsabilidade de atacar o São Paulo. Os dois primeiros foram bem; Morro García, novamente, ficou devendo. E novamente foi substituído. Edigar entrou, jogou bem e fez o gol. Já justifica ser titular na próxima partida. García precisa de um banco de reservas, tirar um pouco a pressão de seus ombros.

Aplausos também para Paulinho, bem na marcação e quando apoiou. Renan Rocha fez outra boa partida e fica difícil não lembrar que, não fosse a inexplicável troca dele por Márcio, seu amadurecimento teria vindo mais cedo.

O senão fica por conta da forma como o Atlético se defendeu entre o seu segundo gol e o empate do São Paulo. Embora a marcação tenha sido muito eficiente, faltou ao time prender mais a bola no ataque, fazer o tempo passar e deixar o São Paulo nervoso. A bola batia e voltava, o que deu ao adversário mais chance de chegar ao empate. Ainda assim, jamais dá para desprezar um 2 a 2 no Morumbi.

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Eu tinha visto de perto no Palmeiras x Atlético de umas rodadas e atrás e hoje aconteceu de novo – a polícia foi obrigada a separar as organizadas do Atlético para evitar briga. Um comportamento de gangue, que transforma em hipocrisia pura o discursinho batido de “o mais importante é o Atlético” que esses grupos vomitam quando lhe convém.