O Atlético da pré-temporada europeia demite como time brasileiro

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Ricardo Drubscky: presença menor em um pacote de erros. (Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

O Atlético da pré-temporada europeia demitiu o treinador da maneira mais brasileira possível. Ricardo Drubscky caiu como vítima de um pacote de erros do qual ele faz parte, mas é o menor culpado.

Os erros do Atlético: 1) Apostar que um elenco de Série B serviria para a Série A; 2) Por política, não usar uma fração que fosse do Estadual para testar esse elenco na prática, valendo três pontos.

Drubscky aceitou essas regras. Seu poder de mudá-las era nulo, mas aceitou. Não pode reclamar. Tem responsabilidade exclusiva no posicionamento em linha da defesa, que produziu 9 dos 13 gols sofridos pelo time no Brasileiro.

A busca por um novo técnico está totalmente em aberto. Nomes de primeiro nível, como Dorival Júnior, Ney Franco e Celso Roth, são naturalmente descartados pelo salário. Uma política que Petraglia mantém acertamente e que será repetida nesse momento. A faixa salarial é a de Drubscky, abaixo dos 100 mil reais.

Há nomes com vencimentos desse porte, como Silas e Guto Ferreira. São apostas. Não estão em um nível tão acima do de Drubscky a ponto de chegarem como solução certa.

Em outros momentos de crise técnica, Petraglia costumava a recorrer a velhos conhecidos. Lopes, Evaristo, Vadão, Mário Sérgio. Uma bola de segurança que, invariavelmente, deu o resultado esperado pelo dirigente. Lopes está na casa. Não seria surpresa vê-lo no banco de reservas, embora o Delegado deixe claro que não tem mais interesse na função. Arthur Bernardes, que se saiu bem nos Atletibas com o Sub-23, seria outro nome de perfil parecido. Mas, dentro do clube, seu nome é descartado.

Certo mesmo é que a decisão será tomada por Petraglia, como foi na contratação e na demissão de Drubscky. No máximo haverá um pitaco de Antonio Lopes. Mais certo ainda que o Atlético se perdeu na extensa pré-temporada, cujos efeitos recebem mais um golpe com a saída de Drubscky. Motivo para repensar em tudo que foi feito, com serenidade para separar os acertos (foram muitos) dos exageros. Será um exercício tão importante para o futuro rubro-negro quanto o de acertar na contratação do novo técnico.