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Torcedores tricolores protestam na partida em que o Tricolor se manteve na Segunda Divisão do Brasileiro

O Paraná conseguiu evitar que a desgraça fosse completa em 2011. Venceu o Bragantino por 1 a 0 e evitou o rebaixamento à Série C. Ficou “apenas” com o rebaixamento no estadual. Os jogadores cumpriram a promessa de, mesmo com salário atrasado, jogar para valer. Tiveram dignidade, faltou futebol. A torcida também foi perfeito. Protestou com firmeza, mas sem violência, e se recusou a comemorar uma vitória que era obrigatória.

A diretoria, como sempre, foi uma tragédia. Aquilo Romani, o presidente que forjou uma renúncia para continuar mandando lá da Kenedy sem dar satisfação à torcida, não apareceu. Aramis Tissot, que se prestou ao papel de levar pancada enquanto Aquilino reinava encastelado, também não apareceu. Rubens Bohlen, que se dispõe a tirar o clube do buraco, também não foi ao vestiário apresentar soluções mais consistentes para o clube. Sobrou o Paulo César Silva. E o Paulão, como sempre, foi uma tragédia.

Pegue essa entrevista de Paulo César Silva após o jogo e ali está a síntese da má gestão do futebol tricolor. Ele culpa a herança maldita, como se a gestão Aquilino não derivasse da gestão Aurival. Reclama da falta de dinheiro. Reclama dos empresários que o próprio Paraná põe lá dentro. Reclama que faltaram “apenas” nove pontos para subir. Reclama da falta de sorte. Reclama do alinhamento dos planetas no Sistema Solar… E não é capaz de assumir a sua própria parcela de culpa.

Paulão foi o elefante na loja de cristais. Suas declarações, recheadas de truculência e bravatas, jamais contribuíram para melhorar o ambiente no elenco, para criar um clima positivo que levasse ao acesso. Ele é o diretor de futebol que caiu com o Paraná no estadual. Ele é o diretor de futebol que transformou um acesso possível em risco de rebaixamento no Brasileiro. Ele é o diretor de futebol que acusou ex-dirigente de levar jogador para a balada sem revelar o nome nem nunca mais tocar no assunto. Ele é o diretor de futebol que prometeu revelar a origem dos problemas do Paraná ao fim do campeonato e só apresentou mais do mesmo.

Agora, Paulão diz que está buscando um patrocínio que torne lucrativa a antecipação da Série Prata para fevereiro. Seria ótimo, mas duvido. Paulão já fez tantas promessas não cumpridas que tenho todo o direito de duvidar, de acreditar que é só mais uma bravata. Paulão também diz que, vice-presidente eleito, não se meterá mais no futebol. Isso, sim, seria um grande começo para 2012. Mas, sinceramente, soa a mais uma daquelas promessas de dirigente que logo caem no esquecimento. O Paraná não pode mais conviver com isso.

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