Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

O lado bom da sina coxa-branca


Marcos Aurélio comemora o primeiro gol do Coritiba contra o Fluminense, no Couto Pereira

O Coritiba seguiu o lado bom da sua sina no Campeonato Brasileiro: jogo em casa, três pontos garantidos. A vitória esteve em risco somente nos primeiros minutos da partida, quando o Maranhão e Eltinho inexplicavelmente embolavam pelo meio e se perdiam na linha de três volantes tricolores. A bola saía da defesa alviverde, batia na parede e voltava; então o Coxa ligava direto e perdia a bola do mesmo jeito.

Maranhão e Eltinho abriram, deram opção de saída pelas laterais. E pronto, o jogo se resolveu. Simples assim? Simples assim. Quando deixa a “alma guerreira” em casa (quase sempre), o Fluminense de 2011 vira um time comum. Sem Conca e sem Fred é candidato a rebaixamento. O Coritiba apenas fez o que se deve fazer diante de um adversário frágil: gols.

Léo Gago escapou com facilidade do marcador e chutou no peito de Diego Cavallieri. Marcos Aurélio botou na rede. Escanteio na direita batido por Tcheco, Pereira deu um drible de corpo para se livrar de Márcio Rosário e estufou o filó com um canudo de primeira. No segundo tempo, boa jogada de Maranhão pela direita, cruzamento, biquinho de Bill, franguinho de Cavallieri.

Os três gols vieram com naturalidade e o Coritiba se satisfez. Controlou o jogo, deixou o tempo passar de forma quase monótona. Levou um gol ruim apenas para efeito de saldo, mas incapaz de fazer diferença na partida.

Léo Gago subiu mais um degrau na sua recuperação. Arriscou – e acertou – alguns passes mais longos, deu bons chutes de longa distância. Bill foi bem de novo, compensando a limitação técnica com disposição e bom posicionamento. Marcos Aurélio não precisou de muito tempo para mostrar o quanto é indispensável. Rafinha ainda precisa melhorar. E mesmo Tcheco jogando bem, fica cada vez claro que é questão de tempo para ele perder a posição para Gil. Tcheco joga bem, mas não aguenta os 90 minutos. Marcelo Oliveira não pode ficar a todo jogo com a certeza de que precisará substituir determinado jogador.

Dever cumprido em casa, agora é hora de sair do zero fora. O adversário é o Bahia, que tem rendido mais como visitante do que em Pituaçu. Lá, o Coritiba precisará sair da confortável situação de esperar o time de casa atacar e tomar a iniciativa desde o início. Caso contrário, seguirá neste interminável pêndulo do 10º ao 14º lugar. E nas últimas vezes em que isso aconteceu, o pêndulo arrebentou e mandou o Coxa para a Série B.

Vergonha

Muito legal ver os jogadores de Coritba e Fluminense perfildos alternadamente para o hino, como também foi bacana o Jair Cirino entregando um placa de desculpas à diretoria tricolor. Cirino, por sinal, é o único personagem do 6 de dezembro efetivamente cumprindo “pena”. Teve de mudar de casa, só anda acompanhado por segurança. Enquanto isso, o bando que promoveu toda a selvageria segue no lugar sempre, jogando cinicamente na nossa cara que ela não acabou. Mudou o governo, mas a Secretaria de Segurança Pública continua exatamente a mesma vergonha.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.