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54 minutos em campo – 15 contra o Coritiba, 39 contra o Atlético Mineiro -, sempre vindo do banco de reservas. É essa a leve bagagem que Dinelson leva da Série A para a Série B. Dinelson ainda fez mais dois jogos este ano e outros quatro ano passado. Sua passagem de duas temporadas pelo Avaí se resume a oito partidas e duas longas recuperações de uma lesão no joelho esquerdo.

Dinelson é mais um daqueles casos de jogador de grande talento, cuja avaliação é prejudicada pelas lesões. Dinelson teve grandes momentos, mas nunca saberemos se ele seria um craque. Seus joelhos não deixaram.

O Paraná já experimentou os dois lados de Dinelson. Em 2007, ele foi o grande jogador do time na boa campanha na Libertadores. Sua saída no meio da temporada deixou a nítida impressão de que com Dinelson o rebaixamento poderia ser evitado. Acredito que não. Aquele time se enfraqueceu ao longo do ano e as irregularidades cometidas pelo presidente Miranda fizeram qualquer voz de comando se perder. O caminho era sem volta.

Em 2009, o Paraná cometeu o deslize de eleger Dinelson como o vértice da montagem da equipe para voltar à Série A. O meia foi até garoto-propaganda do plano de sócios. Não demorou para as contusões tornarem inviável a permanência de Dinelson, que teve o contrato rescindido e seguiu para o Avaí, a barriga de aluguel da L.A. Sports.

As duas passagens indicam que o Paraná sabe onde está se metendo ao trazer Dinelson. Tem todo o direito de esperar o jogador decisivo de 2007, mas deve saber que pode receber um inquilino assíduo do departamento médico. Mesmo que chegue bem fisicamente – e a utilização recente dele no Avaí indica que sim -, Dinelson exige cuidado extra. Não dá para esperar que Dinelson seja o salvador da pátria.

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Ao mesmo tempo em que ganha Dinelson o Paraná perde Wellington. O meia tem uma pubalgia e dificilmente volta a jogar em 2011. Uma perda e tanto, que levará o Tricolor a uma necessária mudança no estilo de jogo.

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Não é só Dinelson que chega ao Paraná. Também chega Dionísio, volante, 23 jogos, um jogo como titular pela Ponte Preta nesta Série B. A quilometragem é baixa, mas não dá para esperar nada de muito diferente nesse momento. Os melhores jogadores são inegociáveis ou já estouraram o limite de partidas na sua equipe (para o caso de negociação dentro da própria divisão). Todos os clubes do Brasileiro enfrentam o mesmo problema.

Trazer um jogador que atuou pouco, agora, não é problema. O problema é exigir que ele seja solução. O Paraná não faz isso com Dionísio, que claramente chega para dar mais opções no meio-campo. Não pode cair na tentação de fazer isso com Dinelson.

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