Sérgio Malucelli: lógica violenta.
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É natural que o ser humano se indigne quando se sente prejudicado, ainda mais se for em um momento definitivo para ele. No futebol, considerar que perdeu uma final por influência externa é fonte elementar de revolta. Mas mesmo essa revolta natural deve ter um limite. Partir para a agressão física é injustificável. Considerar esse ato correto mesmo quase 20 dias depois, então, torna-se indefensável.

Não tem defesa para a declaração de Sérgio Malucelli no julgamento de ontem, no TJD, sobre sua agressão a Felipe Gomes da Silva no fim de Londrina x Coritiba: “Ele tinha que apanhar mesmo. Bati no juiz e bateria em todos eles. Fui roubado. Ninguém fala isso!”, esbavejou, nitidamente sem nenhum arrependimento.

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A lógica defendida por Sérgio Malucelli é a mesma lógica que leva torcedores a perseguir um dirigente que ele julga ter feito uma gestão danosa a seu clube. Ou jogadores que eles consideram não estar se empenhando em campo. Ou, saindo do futebol, alguém recorrer ao crime para ter uma vida melhor.

180 dias é pouco para quem defende a violência física. Gente com essa cabeça deveria estar fora do futebol. E o pior é que muito torcedor do Londrina — e de outros times — defenderam o dirigente. Definitivamente, o futebol morreu e esqueceu de deitar.