Vanderlei; Jackson, Pereira, Emerson e Lucas Mendes; Willian, Júnior Urso, Davi, Rafinha e Lincoln; Marcel. Este é o Coritiba para a estreia no Campeonato Paranaense, neste domingo, contra o Toledo. O desenho tático é o mesmo que encerrou a temporada passada. Nomes novos mesmo, que não estavam no elenco, são quatro. Ou seja, o Coritiba mudou mais do que a diretoria quer fazer crer. E ainda é cedo para dizer se essa mudança foi boa ou ruim.
Na defesa, Pereira recupera a titularidade que ele perdeu ao longo do ano passado para Jéci, por causa das contusões. Acho que isso irá se repetir este ano. Pereira não tem mais o mesmo vigor físico, está envelhecendo, é o caminho natural. Será bom para o Coritiba Luccas Claro ter a oportunidade de se firmar como titular, até mesmo Lucas Mendes poder jogar um pouco como zagueiro, sua posição de origem, é uma boa. Jackson aparece na lateral direita. No Boa ele foi muito mais eficiente para fazer gols do que deixar os companheiros em condição de fazê-los.
No ataque, a troca é de Bill por Marcel. Marcel é melhor que Bill. A questão é: Marcel está melhor que Bill? O Tanque não joga desde o início de agosto, quando realizou sua última partida pelo Suwon Blue Wings. Em uma função de precisão com a de centroavante, um período longo de inatividade faz a diferença. E pelo menos de início Marcel não terá Tcheco mandando bolas precisas na sua cabeça, solução para muitos jogos complicados do Coritiba entre 2002 e 2003.
Pulei o meio-campo e não foi por acaso. A sintonia fina do setor fez o Coxa voar alto em 2011 e foi exatamente ali onde houve mais mudanças para a nova temporada. Leandro Donizete, Léo Gago e Marcos Aurélio foram embora; Willian, Júnior Urso e Lincoln são os novos titulares. Willian e Urso são marcadores mais incansáveis e insistentes que os antecessores, o que significa que o Coritiba deve desarmar muito e, consequentemente, ter a bola mais tempo no pé. Com a bola mais tempo no pé, a chance de vencer é maior. É o óbvio ululante. Por outro lado, o Alviverde perde no passe. Donizete tem passe curto melhor e nenhum dos dois é capaz de fazer lançamentos como aqueles que Léo Gago fazia. É uma nova realidade a que o time terá de se adaptar.
Mais à frente, a novidade é Lincoln. Com ele, o Coritiba fica mais próximo da formação que terminou 2011, com Tcheco, que daquela do primeiro semestre, com Marcos Aurélio. Lincoln é armador. Mais do que isso, é o tipo de jogador que chama pra si o jogo quando ele aperta, algo que faltou demais para o time em momentos decisivos da temporada passada. Davi e Rafinha serão os jogadores de mobilidade, atuando a partir dos lados do campo e invertendo posição. Rafinha também precisa assumir um protagonismo dentro da equipe. Se antes era de Marcos Aurélio que se esperava a decisão de partida em uma jogada individual, agora será de Rafinha.
Claro que não será o Toledo – nem 90% dos adversários do Paranaense – que irá medir o efeito das mudanças no Coritiba. Mas se o time não engrenar no Estadual, certamente não será em torneios mais difíceis que as coisas vão dar certo.
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