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Everton Ribeiro marcou o segundo gol do Coxa, que garantiu a classificação, e foi abraçado pelos companheiros

O Coritiba acostumou-se a fazer grandes partidas no último ano e meio, e o 2 a 0 sobre o São Paulo tem um lugar especial nessa coleção. Não foi avassalador como o 6 a 0 contra o Palmeiras nem teve a exuberância técnica dos Atletibas do Paranaense do ano passado. Foi uma vitória em que a combinação entre disciplina tática e entrega beirou a perfeição, com a capacidade técnica dos jogadores aparecendo nos momentos-chave. Uma vitória gigante por um time de gigantes.

Ayrton e Sérgio Manoel foram os maiores deles. Ayrton passou boa parte do jogo atuando na diagonal. Atacava pela direita e voltava para ajudar Lucas Mendes no controle de Lucas. Sérgio Manoel assumiu essa função de suporte do segundo tempo, como também limpava a frente da área com o auxílio de Willian e levava o time pra frente começando os ataques.

Também foram enormes em campo Pereira e Emerson, ambos irrepreensíveis pelo alto – e Emerson ainda foi lá na frente fazer o primeiro gol. Roberto foi a melhor opção ofensiva pela direita, já que Rafinha não conseguia resolver o jogo do outro lado. Coroou sua apresentação com o passe para o segundo gol e ainda teve, pouco depois, a chance de liquidar a partida em um contra-ataque de 4 x 1.

Mesmo quem não foi bem o tempo todo deu sua contribuição decisiva. Everton Ribeiro foi mal em 99% do tempo em que esteve em campo. No 1% restante deu o passe para Emerson fazer o primeiro gol e posicionou-se em um buraco da defesa são-paulina para, de cabeça (!), marcar o segundo. E quando tudo parecia perdido, Vanderlei mais de uma vez entrou em ação com grandes defesas.

Foi essa consistência que levou o Coritiba à final da Copa do Brasil pelo segundo ano consecutivo. Somente com a força coletiva apresentada hoje e em boa parte do jogo do Morumbi o Coxa poderia derrubar um adversário que era, sim, favorito. Um favoritismo atribuído ao talento de dois jogadores acima da média, Lucas e Luís Fabiano, que levaram muito perigo, mas conseguiram balançar a rede apenas uma vez, nenhuma no Alto da Glória.

Favoritismo e gol do São Paulo no Couto, duas ideias expostas aqui no blog e que não tenho a menor vergonha de vê-las derrubadas por um time que foi gigante como a sua história. E que volta à final da Copa do Brasil carregando as cicatrizes do vice-campeonato do ano passado. Uma bagagem fundamental para, dessa vez, conquistar o título.

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Escrevo um tópico à parte sobre Marcelo Oliveira. O trabalho do técnico coxa-branca foi decisiva tanto no Morumbi quanto no Couto Pereira. Em São Paulo, a armação da equipe permitiu 60 minutos de domínio que não foram revertidos em gol por imperícia ofensiva. Em Curitiba, escalou o time que a torcida queria. Um time que começou nervoso, errando muitos passes, mas cresceu a partir da metade do primeiro tempo, fez o gol e manteve o ritmo certo até buscar o segundo gol e, depois, para manter a vantagem.

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