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Da coluna de hoje, publicada na Gazeta do Povo impressa:

A escolha da proposta de Mario Celso Petraglia para concluir a Are­­na conduziu a um senso comum imediato sobre os próximos cinco meses do Atlético: Malucelli será o presidente do futebol; Petraglia será o “presidente” do estádio. Jor­­nalistas sempre devem desconfiar do senso comum, sob o risco de reproduzi-los e fazerem bobagem.

Passei adiante este senso co­­mum e cometi uma injustiça neste espaço, terça-feira, ao concluir que Malucelli tratará apenas do futebol, sem poder de decisão quanto ao estádio. Errado. Enquanto for presidente, caberá a ele assinar qualquer investimento ou contrato referente ao estádio, bem como representar o Atlético ao poder público.

Não será o meramente diretor de futebol de luxo que denominei. Embora ele mesmo admita que agora terá mais tempo para cuidar do futebol – e tirar o Atlético do buraco em que enfiou (adendo meu). E o próprio Malucelli sabe que seu poder em relação à Arena será muito mais de veto do que de acrescentar ideias, pois como o atual presidente rubro-negro diz, não há diálogo entre ele e Petraglia.

Como já escrevi outras vezes, não tenho a menor vergonha de corrigir erros de informação e avaliação na coluna. Faço isso novamente hoje, com o necessário pedido de desculpas a quem foi atingido ou induzido a alguma conclusão por essa leitura errada dos fatos.

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E o jogo? Não assisti. Ou melhor. Não assisti inteiro. Vi o primeiro tempo, no intervalo acabou derrotado pelo cansaço acumulado dos últimos dias. Assim, não falo do desempenho, apenas do resultado.

É mais um jogo que o Atlético sai na frente e permite a virada. Mais uma vez o Atlético tem um resultado interessante nas mãos e entrega os pontos no segundo tempo. Foi assim contra Flamengo, Vasco e Ceará, só para ficar nos exemplos em que o Atlético saiu em vantagem. É normal a perda de ritmo durante o jogo. Anormal é cair tanto.

Já está na hora de fazer cálculos. A distância para o lado de fora da zona de rebaixamento é de sete pontos. Ou seja, se o Atlético vencer duas partidas, não sai da ZR. Psicologicamente isso é terrível, passa ao jogador a sensação de que ele faz o trabalho certo (ganha jogos), mas não sai do lugar. Exige um trabalho extra do técnico para manter o time mais tempo jogando em um nível alto – missão mais difícil por considerar que hoje o Atlético não mantém esse nível nem dentro do próprio jogo.

Daqui para o fim do campeonato, a conta é: 42 pontos em 26 jogos (ou, vencer 14 dos 26). A situação se agrava a cada rodada.

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