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Saudado como Pelé Branco no México, Lúcio Flávio tenta receber o dinheiro prometido antes de voltar ao Brasil

Fiquei positivamente impressionado com a intenção do Paraná de contratar Lúcio Flávio. Dá a dimensão da ambição tricolor na Série B. Mostra a noção de que se Wellington é bom, há como trazer alguém ainda melhor para fortalecer o time titular e também o banco de reservas. Ninguém sobe se não tiver o elenco forte. Prometer acesso sem boas opções de banco é enganar o torcedor, algo que o Paraná fez ano passado e não quer repetir agora.

Lúcio Flávio também seria uma boa tacada de marketing. É um jogador criado no clube, foi campeão pelo Paraná. Mesmo não sendo carismático, tem a cara do resgate dos bons tempos que a diretoria se esforça para promover e a torcida está receptiva a apoiar. O discurso de Paulo César Silva reflete esse pensamento.

Escrevo na condicional sobre a volta de Lúcio Flávio porque ela não deve passar de uma boa intenção. O destino de Lúcio Flávio no retorno ao Brasil deve ser o Vitória. Ney Santos, tio de Lúcio, ex-jogador do Paraná e do Vitória, intermediou o contato enquanto esteve no Barradão recentemente para fazer estágio com Geninho. Foi com Geninho que Lúcio Flávio deixou de ser mera promessa, ao vestir a camisa 10 do Paraná na conquista da Copa João Havelange (Módulo Amarelo) em 2000. Reencontrar-se com Geninho é um porto seguro para Lúcio – além de o Vitória pagar mais que o Paraná.

Ao Correio da Bahia, Ney Santos traz um detalhe interessante. Segundo ele, seis clubes procuraram Lúcio Flávio: Fluminense, Atlético, Coritiba, Sport, Goiás e Avaí. Ainda de acordo com Ney, a liberação de Lúcio Flávio dependia de um ação movida por ele contra o Atlas na Justiça mexicana.

Lúcio Flávio chegou ao Atlas no início do ano com o exagerado status de “Pelé Branco”. Jogou pouco, logo foi para o banco de reservas e no início de junho acabou dispensado sem receber parte do dinheiro prometido pela equipe mexicana. É esse dinheiro que ele espera saber como irá receber antes de voltar para o Brasil. Pena que, pelo menos agora, não deve ser para o Paraná.

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