Uma reunião que terminou por volta das 3 da manhã deste sábado deu início à busca pelo substituto de Ricardinho. A diretoria paanista listou 20 nomes e daí extraiu uma relação de cinco profissionais, de onde sairá o novo treinador.
Nomes ainda não vieram à tona. Certo, por enquanto, é que se Ricardinho era uma aposta, seu sucessor será um treinador experiente. Há o consenso de que, a essa altura, fazer uma aposta pode por o time em risco na Série B. O clube quer um técnico que dê resposta imediata e se adapte ao elenco que está aí.
Os contatos serão mantidos entre hoje e amanhã. A intenção é anunciar o treinador segunda-feira, junto com o camisa 9. Sim, o jogador que Ricardinho pediu chegará três dias depois do seu pedido de demissão. É um nome que a diretoria sugeriu e com o qual o técnico concordou.
Outros atacantes que foram discutidos: 1) Willian Batoré, acertou com o Vitória; 2) Fernando Baiano, preferiu jogar na Várzea em São Paulo; 3) Douglas, terceiro reserva do Criciúma, não fez gol esse ano; 4) Anderson Gomes, jogador da Lipatin Sports, que cuida da carreira de Ricardinho, está parado há muito tempo.
Até 13horas de hoje, o clube ainda não havia falado com Ricardinho. Além dele, deixam o Paraná o auxiliar Rodrigo Tadeu, irmão de Ricardinho, e o preparador físico George, que chegou com os dois. O restante da comissão técnica, contratada do clube, continua. Alex Brasil, que pôs o cargo à disposição, também fica.
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ATUALIZAÇÃO DAS 14H56
Logo após publicar este post, falei com o presidente Rubens Bohlen, que trouxe informações interessantes sobre a saída de Ricardinho e a situação do clube. Vamos a elas…
– Na quinta-feira, diretoria, jogadores e comissão técnico tiveram uma reunião na Vila Olímpica. Houve cobrança, mas apenas sobre os jogadores. Questionamentos, inclusive, de por que o time fora de casa não tem mais o rendimento como o das partidas contra Vitória e Criciúma. O Paraná perdeu, mas jogou bem, dominou a partida em alguns momentos;
– Não houve cobrança sobre a comissão técnica nessa reunião. A leitura da diretoria era de que a culpa dos resultados ruins é unicamente dos jogadores;
– Ainda na quinta-feira, Ricardinho disse à diretoria que gostaria de fazer uma reunião na sexta-feira, no vestiário da Vila, após a partida. Os dirigentes disseram que seria melhor falar outro dia, na Kennedy. Ricardinho, segundo Bohlen, insistiu. A diretoria, porém, manteve a postura de não ir ao vestiário depois dos jogos;
– Bohlen diz que o pedido de Ricardinho o fez pressentir que o treinador poderia sair. Ou seja, não foi uma surpresa completa a saída do técnico;
– Salário em dia, uma exigência de Ricardinho. A data-base do Paraná é dia 10. Neste mês, a exemplo do que aconteceu em outros (não todos), essa data-base passou sem que o pagamento fosse feito ao elenco. Em todos os outros, o pagamento foi feito no próprio mês, o que deve se repetir agora em setembro. “Dissemos a eles na quinta-feira que pagaremos cada centavo comprometido em contrato”, disse Bohlen.
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Agora, minhas conclusões. E começo pela questão salarial. Se o clube assumiu o compromisso, tem de pagar. Dez, quinze dias é um atraso pequeno para o futebol, o que não quer dizer que deva acontecer. Atraso à parte, eu não acredito em relação entre esse mês mais longo e a queda de rendimento. Até porque já aconteceu em outros momentos, sem que a equipe se abalasse por isso.
Sobre Ricardinho, há algumas semanas um clube da Série A chamou Marcelo Lipatín, empresário do jogador, para uma reunião. Fez proposta, que Ricardinho nem quis ouvir. Agradeceu, mas mandou avisar que ficaria no Paraná até o fim do ano. Isso é informação.
Agora, dedução minha. Esse clube é o Bahia, o último de Ricardinho como jogador. Bahia que corre sério risco de perder Jorginho para o Palmeiras e precisar de um novo treinador. A conferir.
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Já falei demais. Falem vocês: quem deve ser o novo técnico do Paraná?