Com apenas dois minutos de jogo ficou claro que Ricardinho perseguiria Lúcio Flávio pelo gramado da Vila Capanema. Era o melhor jogador do Joinville destacado para marcar o reforço paranista. Prova incontestável do respeito imposto por Lúcio. Uma realidade que se estenderá por toda a Série B. Seja qual for o adversário, sempre haverá um tópico na preleção dedicado ao camisa 10 tricolor.
A simples presença de Lúcio Flávio elevou o Paraná a outro patamar. Em um campeonato com elencos tão parelhos, quem tem um craque capaz de decidir jogos sozinho se destaca. Os 94 minutos jogados contra o JEC aumentaram a confiança de que esse crescimento possa ser contínuo. Lúcio foi o líder mental e técnico que Ricardinho tanto procurava. Orientou o time o tempo todo e decidiu a partida em duas bolas. Mesmo com o peso de exatos dois meses sem disputar uma partida oficial. E com o peso de um ano e meio em má fase.
Claro, Lúcio Flávio precisa jogar bem mais vezes e em situações adversas. A partida de ontem era na Vila, havia toda a comoção pela volta dele. Esse ambiente não se repetirá. Mas toda partida em que Lúcio Flávio puser à disposição dos companheiros sua liderança e duas ou três bolas decisivas, o Paraná terá grandes chances de sair vencedor. Aos poucos, o Tricolor mostra que é possível, sim, sonhar com algo além de simplesmente se manter na Série B.