CARREGANDO :)

Logo após republicar aqui no blog a coluna da Esportiva impressa de hoje, sobre como as tuitadas de Escudero pioram o seu custo-benefício para o Coritiba, fui alertado sobre uma manifestação de Mario Celso Petraglia na página do Atlético no Facebook. Li e os nobres visitantes podem fazer o mesmo vendo a imagem ampliada.

É preciso separar a manifestação em duas partes. O Atlético tem todo o direito de denunciar Escudero pelas tuitadas. Há jurisprudência na Justiça Desportiva local. Petraglia e o vice-presidente do Atlético, Márcio Lara, já foram punidos por tuítes infelizes. Mesmo uma ação na Justiça Comum é perfeitamente cabível.

Publicidade

A outra parte, maior, tem uma série de colocações desnecessárias. Dizer que Edivaldo Elias da Silva “errou muito contra o Furacão” é distorcer a realidade. Seu erro foi não punir a agressão de Escudero a Crislan. Uma culpa maior do auxiliar Adair Mondini do que dele. Um erro. Falar em predisposição sem prova é leviano.

Projetar o que seria o jogo com 11 contra 10 é um exercício de futurologia improdutivo. Naquele momento, Escudero em campo era pior para o Coritiba do que fora dele. Dizer que o gol não sairia, ou que sairia do mesmo jeito, ou que o Atlético ampliaria, ou o que for caso Escudero recebesse o cartão vermelho é puro achismo.

Petraglia também remete aos protestos de arbitragem do ano passado. Lembro que na semana da final de 2012 o Atlético publicou uma carta em seu site pedindo um bom trabalho de Adriano Milczvski, sorteado para aquela decisão. Milczvski fez um ótimo trabalho no 0 a 0 do Couto Pereira, como também fez no 3 a 1 do Boqueirão, dia 21 de abril. O que fura o “como sempre”, então, pelo jeito, convém não mencionar.

Falar em W.O. na final beira a infantilidade. Um desrespeito ao próprio Atlético. E com esse jovem elenco que faz um campeonato muito acima do esperado.

Só não é pior do que falar em provar “ser mais homens que seus covardes agressores”. O Atlético jogou mais bola e esteve mais perto da vitória por isso. Não tem nada a ver com hombridade.

Publicidade

Como escrevi sobre Escudero, essa parte da declaração de Petraglia vira o álibi perfeito para qualquer descontrolado cometer um ato de violência. Uma beligerância irresponsável quando parte de um jogador de futebol com qualidade duvidosa. Mais ainda quando parte de um presidente notadamente venerado pela sua torcida – ou ao menos a maioria dela.