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É impossível não tratar a aprovação da proposta de Petraglia para concluir a Arena como uma vitória política. MCP resgata um dos pontos a que ele fez questão de se agarrar quando escolheu Maluceli como seu candidato. E Malucelli fica até o fim do mandato quase como um dirigente de futebol de luxo. A separação dá a dimensão de como o Conselho Deliberativo – e, proporcionalmente, o torcedor atleticano – vê os dois dirigentes: Petraglia sabe cuidar do patrimônio, Malucelli deve tirar o time do buraco em que o enfiou.

Ao decidir que o Atlético pagará sua parte da conta sem alienar a Arena, o Conselho dá um significativo grito de independência. Mas também impõe ao Atlético a dura responsabilidade de concluir o estádio por conta própria sem sacrificar excessivamente o time de futebol e o bolso do torcedor. É possível, mas exigirá rigor no investimento e no controle de cada centavo que circular pelo clube até o fim da obra.

A construção da Arena e do CT do Caju – a despeito de benefícios recebidos pelos clubes – dão a Petraglia lastro para entregar a Baixada pronta para a Copa. Mas não se pode perder de vista a declaração do próprio dirigente, em fevereiro do ano passado, de que ele estava de olho nas oportunidades de negócios que o Mundial poderia trazer às suas empresas. É inconcebível que as empresas de Petraglia forneçam qualquer tipo de serviço para a obra da Arena, mesmo com a justificativa de oferecer preços melhores.

Na Band News, Petraglia citou César para dizer que não tinha vocação para ser vice. É bom, então, lembrar de outro ditado associado ao imperador romano: À mulher de César não basta ser honesta. É preciso parecer honesta.

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