Pitacos do Atletiba

Mais um Atletiba disputado. O Coritiba confirmou o favoritismo, mas não com a dominância esperada. Fez 2 a 1 e leva para Londrina a vantagem do empate na decisão do turno, enquanto o Atlético cumpre tabela diante do Operário. Vamos aos pitacos do clássico…

– O Atletiba foi fraco tecnicamente;

– O Coritiba ficou devendo não pelo placar (embora a torcida quisesse uma goleada), mas pelo futebol apresentado. Já se foram dez rodadas e o time não conseguiu ter uma vitória consistente do início ao fim, sem que permitisse um porém sequer;

– A tirada de pé no segundo tempo tem servido de muleta para explicar o placar apertado. A melhor leitura sobre esse assunto quem fez foi Pereira. Reproduzo: “É normal tirar o pé, mas não pode acontecer. Se toma o gol antes, vira uma correria, uma fumaça.”;

– Correria que seria restrita a Taiberson. Ele foi o único atacante efetivo do Atlético. Douglas Coutinho virou marcador de lateral — e fez bem a função –, Harrison foi fritado como sempre e Ricardinho… foi Ricardinho;

– Aliás, por que diabos Ricardinho jogou o clássico inteiro, sendo que sua negociação com o Figueirense já era certa?;

– O Atlético defendeu a maior parte do tempo. No início, com Foguinho de terceiro zagueiro, e quando encaixou as duas linhas de quatro bem próximas, tirando espaços do Coritiba. O problema foi na transição de um esquema para outro, na metade do primeiro tempo. No ataque seguinte, em cima de Diego Ivo, o Coxa conseguiu o escanteio que resultou no gol de Pereira;

– O intervalo entre o primeiro gol e a expulsão de Deivid (7 minutos) foi o único momento do jogo em que o Coritiba atendeu a expectativa do torcedor. Ali, e somente ali, deu a impressão de que iria golear;

– Torcedores do Atlético correram para o camarote da diretoria protestar após o segundo gol. Não encontraram dirigentes, só funcionários. A cartolagem rubro-negra não está nem aí para o futebol;

– Deivid foi expulso pela segunda partida consecutiva. Segunda expulsão desnecessário do atacante, um dos jogadores mais experientes do elenco. É inadmissível e merece uma ação da diretoria;

– A dividida entre Gil e Santos foi de frente pra cabine da 98, por isso me sinto à vontade para comentá-la. Os dois entraram duro no lance, mas sem maldade;

– Gostei de Vanderlei, Leandro Almeida, Willian, Patric, Rafinha, Arthur, Santos, Foguinho, Taiberson, Renato e Coutinho;

– Esperava mais de Robinho (no segundo tempo), Júlio César, Hernani e Harrison;

– Não espero mais nada de Héracles;

– Em Londrina, o Coxa terá de jogar mais do que jogou em todo o campeonato. Ainda assim, é o favorito do turno e do jogo;

– Para Marquinhos Santos pensar durante a semana: vale a pena manter os três zagueiros contra um time que várias vezes forma uma linha ofensiva com três jogadores (Celsinho, Weverton e Neílson)?;

– Para Arthur Bernardes pensar durante a semana: o que explica Renato não ser titular nesse Atlético que peleia no Estadual?

A bola está com vocês.