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Edigar Junio celebra o gol que selou a vitória rubro-negra por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na Vila

Vencer sem tomar gol é algo valioso em torneios como a Copa do Brasil. Mesmo que seja apenas por 1 a 0, caso do Atlético contra o Cruzeiro. Basta um gol semana que vem, em Sete Lagoas, para o adversário se ver obrigado a fazer três. Para um time de contra-ataque, como o Atlético, é possível contar com esse golzinho destruidor? A partida desta noite, na Vila Capanema, mostra que sim. E também mostra que não. Explico.

O gol atleticano saiu de contra-ataque, da maneira que o time mais gosta. Lançamento de Paulo Baier, correria de Guerrón pela ponta (esquerda no caso), cruzamento na área, finalização (de Edigar Júnio), rede. O Atlético se armou para conseguir esse gol e Vágner Mancini ainda ajudou ao escalar dois centroavantes. Com dois centroavantes, ou você tem meias que se aproximam ou laterais subindo a toda hora. O Cruzeiro tinha só um meia, Róger, domado por Deivid. Os laterais estavam mais ocupados em marcar os pontas atleticanos, prova do despreparo de Mancini para enfrentar três atacantes. Paulo Baier recuou para trás de Deivid para armar o jogo e, pronto, fez-se o gol.

Essa foi a base da atuação do Atlético no primeiro tempo. O jogo poderia ter decidido ali mesmo, se Patrick tivesse um pouco mais de tranquilidade na frente de Fábio. Seriam 20 minutos e 2 a 0. Os sustos defensivos foram causados muito mais pela bomba-relógio que é Vinícius do que pelos atacantes mineiros. Assim, com base no primeiro tempo, dá para dizer sem medo: pode apostar a quinzena que o Atlético faz um gol em Sete Lagoas.

A dúvida fica por conta do segundo tempo. O Cruzeiro se ajeitou com a entrada de Souza e a liberação de Marcelo Oliveira para subir. Cada um encostou em um lateral, que já não eram mais incomodados pelos pontas. Róger também subiu. O Cruzeiro avançou o meio-campo e obrigou o trio rubro-negro a apenas marcar.

Baier não tinha mais onde buscar espaço para armar os contra-ataques. Se tivesse, talvez tomasse um susto ao ver que era Bruno Mineiro quem estava aberto por uma das pontas. Faltou mais uma vez Harrison para abrir à base de dribles o meio-campo mineiro, tirar o Atlético do sufoco. Um sufoco muito mais territorial, é verdade, pois o Cruzeiro finalizou pouco.

O Atlético respirou um pouco com a entrada de Renan Teixeira. Deivid e Zezinho conseguiram empurrar o meio-campo cruzeirense para trás e o time teve até chance de ampliar a vantagem. Primeiro com Patrick, parado pela trave. Depois com Héracles, que chutou por cima. Bastou para sustentar o 1 a 0. Mas esse Atlético do segundo tempo não passa a certeza de que fará um gol. Muito a menos a segurança de que não levará dois em Sete Lagoas.

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