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Atlético desfocado: Santos e Gustavo tentam deter Jael, que sofreu o pênalti convertido por Ronaldinho

Não sei com que frequência dois rivais perdem para o mesmo adversário, de forma semelhante, em um intervalo inferior a uma semana. Imagino que seja raro. E sei que acaba de acontecer com Coritiba e Atlético contra o Flamengo.

A exemplo do Coxa, sábado, pelo Brasileiro, o Furacão caiu diante do Fla, hoje, na Sul-Americana, a partir do momento em que desistiu de atacar e passou apenas a se defender. Deu campo ao adversário no exato momento em que Luxemburgo pôs Ronaldinho, Thiago Neves e Renato Abreu em campo. Em bom português: o Atlético se encolheu quando o Flamengo decidiu levar o jogo a sério.

Para efeitos de classificação, o 1 a 0 não é uma tragédia completa. Uma vitória por 2 a 0 resolve. Mas há um complicador: o Flamengo perdeu apenas um jogo este ano, e foi por 2 a 1, resultado que não serve aos paranaenses.

Renato Gaúcho cumpriu parcialmente a intenção de escalar um time reserva. Poupou cinco jogadores (na verdade quatro, pois Kleberson não poderia enfrentar o Flamengo), transformando o jogo – válido por uma competição internacional jamais vencida por um clube do estado – em um amistoso para observar jogadores. É sob esse aspecto da observação que farei minha análise.

Gustavo Araujo foi bem, deu o claro recado de que está pronto para substituir Manoel quando necessário. Rafael Santos e Róbston também fizeram boa partida, o que é muito bacana. Ambos vinham sendo muito criticados, precisavam ganhar pontos com a torcida, ter tranquilidade para trabalhar.

Fransérgio não comprometia até a entrada de Ronaldinho e Thiago Neves, a quem ele não conseguiu anular com eficiência. O mesmo vale para Wendell e Renan; e também para Marcelo Oliveira, que perdeu a disputa de 30 minutos com Léo Moura. Na outra lateral, Wagner Diniz insistiu na mania de cavar faltas ao invés de buscar o jogo.

Edigar Junio entrou bem, é um garoto a ser visto com atenção. Se Morro García não melhorar, Edigar pode ser uma boa opção – até por estar menos cru que o Pablo, destaque na Taça BH. Rodriguinho vinha se movimentando bem até sair machucado e Guerrón lembrou a quem por acaso tivesse esquecido os motivos para ele não fazer falta ao time titular.

Reservo um parágrafo somente para Santos. Em 2009, no time vice-campeão da Copinha, o goleiro foi um dos destaques. Sempre se imaginava quando chegaria a hora de ele ter uma chance na equipe profissional. Teve hoje. Quase engoliu um frangaço no momento, provável fruto de nervosismo. Como também era visível a tensão dele no momento da cobrança do pênalti estabanadamente cometido por ele. Ronaldinho só converteu porque bateu muito bem. Entre um erro e outro, Santos foi melhorando, fez uma grande defesa no segundo tempo. Merece novas oportunidades e continua sendo um goleiro de grande futuro.

Resta saber se o Atlético também terá um grande futuro na Sul-Americana. O pouco interesse de Renato Gaúcho e o futebol nanico quando o jogo esquentou indicam que não. Mas na Arena o Atlético sempre é capaz de se transformar.

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