| Foto:
CARREGANDO :)

A constatação foi feita há alguns dias pelo Guilherme de Paula, na 98 FM, e merece ser quantificada. Rafinha está jogando mais perto da área e ali ele é mortal. São cinco assistências e quatro gols na atual temporada. Em praticamente um terço dos gols do Coritiba no Campeonato Paranaense (9/31), Rafinha foi o penúltimo ou o último jogador a tocar na bola. Ontem, contra o J. Malucelli, cobrou o escanteio para o primeiro gol de Leandro Almeida e deu o passe para o golaço de Lincoln.

Com Marcelo Oliveira, Rafinha tinha de fazer a recomposição até a defesa, mesma tarefa de Everton Ribeiro do lado esquerdo do campo. Era comum vê-lo na marcação como secretário de lateral (copyright by Edilson de Souza), missão exercida mesmo no início da gestão Marquinhos Santos. Puxem pela memória o jogo com o Palmeiras, em Araraquara.

Publicidade

Obrigado a marcar até perto da área do Coritiba, Rafinha invariavelmente tinha um caminho maior a cumprir até o gol adversário quando estava com a bola no pé. A conclusão é simples: se o jogador pega a bola mais longe do gol, tem mais marcadores pela frente, maior chance de ser desarmado, sofre maior desgaste.

Agora, Rafinha é sempre uma das peças mais avançadas do Coritiba. Na marcação, volta para compor a linha do meio-de-campo sempre em uma posição mais avançado que a de Willian e Robinho (ou Gil). Ontem, por exemplo, o Coritiba se defendia com os três zagueiros e um lateral na primeira linha, Willian, Gil e o outro lateral na segunda linha e Rafinha quase sempre entre essa segunda linha e Lincoln, ou se juntando a essa linha do meio.

Sem ter de voltar para assessorar o lateral, Rafinha sempre está mais perto do gol quando recebe a bola. São poucos marcadores pela frente, pouco desgaste e a possibilidade de concluir a jogada — seja com finalização ou passe — ainda em explosão. Por isso, além dos gols e assistências, Rafinha está envolvido em praticamente todas as jogadas de ataque do Coritiba. Um acerto tático de Marquinhos Santos, que está sabendo explorar ainda mais o potencial de um jogador que já era importante para o clube.

*****

Sobre o jogo com o J. Malucelli… Se no primeiro turno foi um dos duelos em que o Coritiba mais foi dominado, ontem ele foi dominante, fez uma atuação segura. Bem defensivamente no primeiro tempo, bem em todos os setores no segundo.

Publicidade

Lincoln fez o seu melhor jogo no ano, um de seus melhores pelo clube. Exceto uma sumida entre os 30 primeiro tempo e o comecinho do segundo, foi participativo, distribuindo bem as jogadas, e acabou coroando a exibição com um golaço. Tem um estilo bem diferente de Alex, joga mais com passes e enfiadas curtas, mas reforçou a condição de bom reserva para o craque do time.

Vi o replay apenas duas vezes, mas fiquei com a clara impressão de uma mão de Chico dentro da área, logo após o Coritiba ter feito 1 a 0. Pênalti não marcado para o Jotinha.