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Segunda-feira, durante o debate do 98 na Rede, perguntei aos companheiros de mesa (Marcelo Ortiz, Edilson de Souza, Cristian Toledo e Guilherme de Paula) se já não tinha dado para o Rafinha no Coritiba. Fiz essa leitura com base no comportamento do jogador especialmente nas duas últimas partidas pelo Coxa, contra Corinthians e Vasco. Rafinha saiu dos dois jogos claramente de saco cheio, falando em relaxamento excessivo, semanas menos intensas de trabalho e implorando pelo fim de 2012.

Ontem ficou claro que essa percepção se estende à comissão técnica. Rafinha treinou com o time reserva e a tendência, segundo o Guilherme, que esteve no treino, é que fique no banco de reservas contra o Cruzeiro, domingo, no Independência. Resultado de uma combinação entre queda de rendimento e de disposição do jogador.

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Rafinha está entre os jogadores mais importantes do Coritiba de cada uma das três temporadas que disputou pelo clube. Mesmo este ano, menos presente em campo, contribuiu com passes para gol e, fugindo à sua característica, destacou-se até em jogos grandes.

Mas também é nítido que Rafinha parece considerar sua história no clube encerrada. Que este é o momento de mudar de ares e, por que não, ganhar mais, algo aceitável para um quase trintão. No meio do ano ele quase foi embora, atraído por uma proposta do Palmeiras. Ficou. Agora há o Cruzeiro no seu encalço, além da possibilidade de o futebol chinês voltar à carga.

Rafinha pode ser útil para o Coritiba em 2013? Claro, ainda mais tendo Alex para municiá-lo. Mas Rafinha precisa estar 100% ligado no clube. Se for para jogar mais com a boca do que com as pernas — e ainda dando caneladas –, será mais problema do que solução. Então, Rafinha, com todo o respeito à ótima história que você construiu no clube… Vai com Deus, guri.

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Uma eventual saída de Rafinha ou de qualquer outro jogador importante exige que o Coritiba tenha uma reposição eficiente, sob o risco de, mais tarde, encarar uma crise de abstinência por parte do torcedor.

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Basta ver Léo Gago, que tornou-se muito mais indispensável do que já depois das malsucedidas apostas em Urso e Chico para a função. Curioso que até a saudade que o torcedor tem de Leandro Donizete aumentou, o que não deveria acontecer. Afinal, mesmo tendo condições técnicas de substituir Gago, Donizete jogava como primeiro volante, função muito bem executada por Willian.

Mesmo caso de Bill, que nos dez últimos jogos do ano passado, momento em que o Coxa arrancou para buscar uma vaga na Libertadores, marcou apenas um gol, mas ainda assim virou indispensável diante do péssimo rendimento de Marcel. Vai ver se hoje, com Deivid, alguém sente falta do Bill.

No caso de Rafinha, se ele sair, a melhor opção no elenco é Thiago Primão. E um bom rendimento no Paranaense pode indicar se ele tem condições de suportar essa responsabilidade quando a temporada pegar fogo.